Mistura de políticas no combate ao aquecimento global é defendida na cúpula de Montreal
2005-12-01
Líderes que participam da cúpula da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Clímatica (COP 11) em Montreal demonstraram que a participação de uma ampla variedade de setores e regiões tem importante papel no equacionamento visando mitigar problemas energéticos e desafios climáticos. – O futuro está num quadro misto de possibilidades. Qualquer política sobre mudança climática, isoladamente, vai fracassar–, disse ontem (30/11) Laurent Corbier, diretor de Energia e Clima da convenção quadro. – Os programas de energia e mudança climática necessitam incorporar um amplo quadro de soluções para progredir –, acrescentou.
Para membros da convenção quadro e 180 das empresas líderes mundiais, a energia e o clima estão no topo da agenda de debates. A organização defende que uma ação deve ser planejada em diferentes horizontes de tempo, tanto em curto, quanto em médio ou longo prazos. A proeminência dada a esse tópico reflete-se em uma série de eventos laterais à COP 11, que enfatizam três áreas chave de atuação.
1) Melhoria da conscientização e do entendimento. Na COP11, isto externaliza-se no lançamento de novas publicações incluindo –Caminhos para 2050– e –Produtos Industriais para Florestas Sustentáveis, Carbono e Mudança Climática: Mensagens Chaves para Elaboradores de Políticas–. Esses documentos transpassam a escala e a complexidade da questão da energia e da mudança climatica de formas simples e ilustrativas.
2) Desenvolvimento de ferramentas e melhores práticas e técnicas para que a comunidade global possa medir, gerenciar e comparar o desemepnho referente à redução dos gases de efeito estufa. Em 2001, o Protocolo dos Gases de Efeito Estufa foi liberado pela convenção quadro e pelo World Resources Institute (WRI), ONG de Washington que atua na área de pesquisas sobre sustentabilidade. Ontem (30/11), um novo Protocolo para Contabilidade Projetada foi desenvolvido para ser lançado na COP 11, que vai se encerrar dia 9 de dezembro. Outro evento lateral deverá revisar os progressos do Programa Nacional Mexicano de Contabilidade do Gases de Efeito Estufa.
3) Possibilitar uma plataforma de negócios para o diálogo por meio de várias iniciativas para ampliar a audiência.
Colocando esses três sistemas diferentes juntos para o programa de trabalho da convenção e para os capítulos regionais a serem estabelecidos no debate da cúpula, a delegação da convenção quadro inclui representantes de usinas de eletricidade, empresas florestais e outros grupos. Cada um deles apresentará seus trabalhos e mensagens em eventos paralelos individuais. Além disto, capítulos do México, do Brasil, da Índia e das Filipinas serão compartilhados quanto a suas experiências em programas piloto de corte de gases de efeito estufa. Alguns desses eventos são copatrocinados com vários parceiros, como a Câmara Internacional de Comércio, o WRI, o Conselho Patronal de Meio Ambiente do Québec e outros. (Fonte: World Business Council for Sustainable Development, 30/11)