Pará reforça combate à devastação em reserva indígena de Alto Rio Guamá
2005-12-01
O combate à devastação nas terras indígenas do Alto Rio Guamá será reforçado. De acordo com o secretário Especial de Defesa Social, Manoel Santino, até o final deste ano serão recuperados dois postos de fiscalização e instalados radiostransmissores, ligados aos quartéis da Polícia Militar de Capanema e de Paragominas nas aldeias Tembé.
Em reunião com representantes da polícias Militar e Civil, lideranças indígenas e da Fundação Nacional do Índio, ontem, Manaoel Santino disse que há relatos de que a reserva do Alto Rio Guamá está sendo devastada pela exploração clandestina de madeira, entre outras ações criminosas. Por isso, a ordem, segundo ele, é reforçar, primeiramente, a segurança na área, com implantação de novas tecnologias, e, em seguida, definir ações estratégicas de combate aos exploradores.
As terras do Alto Rio Guamá abrangem os municípios de Nova Esperança do Piriá, Paragominas e Santa Luzia do Pará. Na região se concentram mais de 20 aldeias e aproximadamente 1,5 mil indígenas. Segundo Manoel Santino, pelo menos R$ 150 mil devem ser investidos no reforço dos dois postos de fiscalização da região, um em Marapanim e o outro em Coraci-Paraná. Essas primeiras demandas aprovadas foram sugestões da própria comunidade indígena.
Participaram do encontro o delegado Waldir Freire, o coronel Paulo Vieira, os índios Tembé, Maioka e Kaí, da aldeia Cumaru; além de Orlandina Barbosa, administradora regional da Funai/Belém; Antônio Abrão de Oliveira, chefe do setor de Patrimônio e Meio Ambiente da Funai; e o procurador Federal Luís Rogério Damasceno. (O Liberal – PA, 29/11)