Força-tarefa tentará descobrir a origem de mancha no Sinos
2005-11-30
Uma força-tarefa foi criada para fiscalizar os principais pontos de poluição do
Rio dos Sinos, mas ainda não é possível afirmar a origem das manchas e razão da
morte dos peixes, que pode chegar a meia tonelada. Representantes do Serviço
Municipal de Água e Esgotos (Semae) de São Leopoldo, da Fundação Estadual de
Proteção Ambiental (Fepam), da Patrulha Ambiental da Brigada Militar de Sapucaia
do Sul, além da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e das secretarias
municipais de Meio Ambiente de São Leopoldo e Novo Hamburgo se reuniram
segunda-feira (28/11) em São Leopoldo para tratar da questão. Técnicos da Semam
estimam em meia tonelada os peixes mortos em Novo Hamburgo.
Para amanhã (01/12), está marcado outro encontro onde serão analisadas as
coletas de água. De acordo com o coordenador de fiscalização ambiental da
secretaria de São Leopoldo, Joel Garcia Dias, contudo, foram encontrados peixes
mortos no Arroio Pampa, em Novo Hamburgo, o que indica que a carga poluidora vem
acima desse ponto.
O grupo ainda está preocupado com a estiagem do Rio dos Sinos. Segunda-feira
(28/11), a régua de captação marcava um metro. – O nível está no pico da
estiagem que apresentou em março. Baixou de forma muito rápida-, salientou. De
acordo com meteorologista da Climatologia Urbana de São Leopoldo, Eugenio
Hackbart, novembro apresentou baixa precipitação até agora (59,6 milímetros).
Até o final da tarde de ontem (28/11) a Companhia Municipal de Saneamento
(Comusa) de Novo Hamburgo ainda não sabia informar os motivos da mortandade de
peixes. No entanto, o índice de oxigênio do rio, que no domingo estava em 2,5%,
ontem (28/11) voltou ao normal, 3,7%. – É um índice baixo, mas aceitável para
esta época do ano-, avalia a gerente de produção da Comusa, Vânia Vieira. Além
das análises periódicas (a cada duas horas realizadas rotineiramente pela
companhia), sexta-feira (25/11) uma amostra da água foi encaminhada para exames
laboratoriais mais detalhados, com a intenção de verificar a existência de
metais pesados, pesticidas ou substâncias orgânicas na água. O resultado deve
sair em dez dias. (Jornal NH, 29/11)