SMSU diz que tubulação da Corsan é a origem da poluição
2005-11-30
A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSU) informou na segunda-feira
(28/11) ter conseguido descobrir, junto com a Secretaria Municipal de Obras e
Viação (Smov), a origem da entrada de esgoto cloacal no canalete da avenida
Major Carlos Pinto: a tubulação de esgoto cloacal da Corsan. A poluição no local
vem ocorrendo há mais de cinco meses, em diferentes ocasiões. Uma das ocasiões
foi em 15 de novembro, quando centenas de pequenos peixes apareceram mortos no
canalete, na esquina com a rua Bento Gonçalves.
No final de semana, novamente foi detectada a entrada de esgoto cloacal no
canalete. As duas secretarias tentaram localizar uma ligação clandestina de
escoamento cloacal com a pluvial e só obtiveram sucesso na manhã de ontem
(28/11).
De acordo com o secretário municipal de Serviços Urbanos, Edes Andrade, na rua
Bento Gonçalves, entre a Marechal Deodoro e a avenida Major Carlos Pinto, foi
detectado que a tubulação de esgoto cloacal da Corsan, que passa dentro da
galeria de uma das caixas de inspeção da rede de escoamento pluvial da
Prefeitura, está derramando o esgoto cloacal junto ao pluvial. Edes Andrade diz
que é possível que um dos canos da Companhia Riograndense de Saneamento esteja
quebrado dentro da galeria. – Não dá para ver qual é o problema porque a caixa
está tapada de esgoto. Temos que esperar a Corsan ativar suas bombas para limpar
a tubulação de esgoto cloacal-, ressaltou Andrades.
Conforme ele, o problema acontece quando as bombas da Companhia não estão
funcionando. – Em vez de puxar o esgoto para a Estação de Tratamento, está
enviando para a galeria do escoamento pluvial-, explicou o secretário de
Serviços Urbanos, acrescentando que técnicos da Corsan estiveram no local e
confirmaram o problema. – Quando as bombas não estão funcionando, a rede fica
cheia e o cano que está dentro da galeria serve como ladrão para a rede de
escoamento pluvial-, observou o secretário.
Corsan
O superintendente regional da Corsan, Eduardo Guimarães, disse que não é
exatamente na rede da Companhia o problema. Conforme ele, a origem é o ramal de
um prédio que, antes de ser ligado na rede da Corsan, passa pela galeria de
escoamento pluvial e aparentemente pode ter um vazamento. Ontem à tarde técnicos
da Companhia iriam até o local verificar e se houver realmente o vazamento, será
feito o conserto. No entanto, Guimarães afirma que este ramal não é o
determinante das constantes entradas de esgoto cloacal no canalete. Ele diz que
grande parte das residências do bairro Cidade Nova, onde não há rede de esgoto
cloacal, tem ligações clandestinas à rede pluvial. Por isso, acredita que a
poluição continuará ocorrendo. (Jornal Agora, 29/11)