Rigotto destaca potencial do carvão gaúcho como fonte de energia
2005-11-30
Durante visita às minas da Região Centro-Sul do estado, segunda-feira (28/11), o
governador Germano Rigotto disse que o carvão mineral, cujo maior produtor é o
Rio Grande do Sul, com 89% do manancial brasileiro, é o combustível do futuro. A
declaração do governador ocorre às vésperas do leilão de energia que deve ocorrer
em 16 de dezembro e definir a nova matriz energética do país. Rigotto ressaltou
que, até o final de seu governo, espera ver a consolidação do uso do carvão como
fonte alternativa de energia.
Em Minas do Leão, o governador visitou a mina de carvão mineral subterrânea Leão
2, que fica a 220 metros de profundidade. Em Butiá, visitou a mina do Recreio,
da empresa Copelmi, e a mina Butiá Leste, que tem área recuperada ambientalmente.
Ambas realizam a extração de carvão de superfície. Rigotto lembrou os quatro
projetos de usinas termelétricas existentes no estado e afirmou que o
investimento em termelétricas a carvão significa sair à frente na solução de
problemas futuros com a falta de energia hídrica.
PROJETOS
O Rio Grande do Sul possui quatro projetos de usinas termelétricas a carvão, com
investimentos privados em torno de dois bilhões de dólares garantidos, prontos
para acrescentarem 1.850 megawatts (MW) à matriz energética gaúcha, hoje com
4.141 MW de potência instalada. Atualmente, a geração térmica a carvão responde
por 13% (538 MW) da matriz energética do estado.
Segundo o secretário de Energia, Minas e Comunicações, Valdir Andres, se todos
os projetos - Fase C de Candiota (350 MW), Jacuí I (350 MW), Seival (500 MW) e
CT Sul (650 MW)- passarem pelo leilão de energia nova, o Rio Grande do Sul
passaria a ter 40% da sua matriz energética baseada no carvão mineral. Isso
afastaria qualquer risco de desabastecimento em função da falta de chuvas que
esgota os reservatórios gaúchos, como ocorreu no último verão, quando o RS
chegou a importar até 80% da energia consumida pelos gaúchos. (Governo do RS,
29/11)