Aproveitamento do carvão é tema de seminário em Porto Alegre
2005-11-29
O maior aproveitamento do carvão mineral na matriz energética brasileira em consonância com a preservação do meio ambiente é tema de seminário hoje (29/11), no auditório do Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul (Avenida Sete de Setembro, 388), em Porto Alegre. Promovido pela Secretaria de Energia, Minas e Comunicações, Companhia Riograndense de Mineração (CRM), CEEE e Fepam, o 1º Fórum Internacional do Carvão Mineral - Energia Segura com Responsabilidade Ambiental receberá renomados especialistas nacionais e internacionais.
A matriz energética brasileira atualmente é dependente da geração hídrica, responsável por 97% da energia produzida. O carvão detém 1,2% do mercado de geração. Na média mundial, a produção de energia hídrica é de 19% e a carvão, de 40%. Na Alemanha, 55% da energia elétrica vem do carvão. Nos Estados Unidos, 52%. No RS, a geração hídrica é de 66% e a de carvão, de 12%. No entanto, a capacidade instalada é de 13,6%, com a operação das usinas Presidente Médice (CGTEE), em Candiota, São Jerônimo (CGTEE), em São Jerônimo, e Charquedas (Tractebel), em Charquedas.
A maior reserva de combustível fóssil do país é composta justamente por carvão, responsável por 50% dos recursos energéticos não-renováveis existentes em solo nacional. A energia nuclear vem logo em seguida, com 26%, e o petróleo aparece com apenas 10% das reservas. Os 32 bilhões de toneladas de carvão existentes no Brasil - um estoque três vezes maior que as reservas de petróleo - possuem um potencial de 18.600 megawatts (MW) de geração de energia para 100 anos de operação.
Segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), para cada R$ 1,00 aplicado em usinas termelétricas, o retorno é de R$ 3,49, e o efeito multiplicador para cada emprego direto criado na indústria carbonífera é de 8,32. (Com informações da Secretaria de Minas e Energia)