Obra remete desenvolvimento da Amazônia ao adotado na Mata Atlântica
2005-11-28
No século XVI, a cana-de açúcar e o avanço dos cafezais pelo Vale do Rio Paraíba destruíram as florestas de Mata Atlântica. Com os lucros do café, abriram ferrovias, que contribuíram para o avanço descontrolado do desmatamento e da urbanização pelo interior do estado. Para traçar um panorama dessa destruição da Mata Atlântica paulista ao longo de vários ciclos econômicos, o agrônomo Mauro Victor publicou o livro Cem anos de devastação, em 1975.
Essa semana, o autor lança Cem anos de devastação – Revisitada 30 anos depois para mostrar que o modelo de desenvolvimento que destruiu a Mata Atlântica e deveria servir de exemplo para o resto do país, foi transportado para a Amazônia. Victor, junto com João Guillaumon, Antônio Cavalli e Renato Serra alerta que esse processo poderá trazer graves efeitos para a sobrevivência da floresta tropical, pois não leva em consideração as características e a fragilidade dos solos da região.
Corte raso e seletivo, estradas clandestinas, queimadas e mineração teriam afetado 50% da floresta tropical. — Isso é uma grande catástrofe-, disse Victor. —A sociedade terá de decidir se quer ou não prosseguir com a devastação da Amazônia-, completou.
Informações
Os volumes da série Biodiversidade podem ser solicitados no Centro de Informação e Documentação do MMA, pelo e-mail: cid-ambiental@mma.gov.br , telefone (61) 40091235, ou no ProBio, pelo e-mail: probio@mma.gov.br , telefone (61) 33255768 . (RMA, 25/11)