Maior drama de Florianópolis é saneamento, afirma ONG
2005-11-25
Para a Organização Não-Governamental FloripAmanhã, são dois os problemas cruciais da cidade: saneamento básico e infra-estrutura. O empresário Alaor Tissot, presidente do FloripAmanhã, entende que não adianta apenas Florianópolis cuidar do seu esgoto.
— As cidades ao redor também não têm tratamento e se livram dos dejetos jogando ao mar. As águas da Ilha, obviamente, são contaminadas. É preciso se pensar a questão de forma ampliada - sugere.
A situação das rodovias, especialmente a SC-401 [rodovia que liga o centro da cidade às praias do norte da ilha] e o acesso ao Aeroporto Internacional Hercílio Luz também preocupam. Tissot conta que a ONG propõe que a população discuta os problemas da cidade. Com isso, enfrentar um problema típico: o embate com os ambientalistas e eventuais polêmicas sobre a realização de obras que possam ameaçar o meio ambiente.
— Temos, sim, que preservar os recursos. Mas não se pode impedir a cidade de crescer. A cada ano devem ser criados 5 mil empregos - defende Tissot.
O empresário diz que a entidade criou 10 câmaras setoriais que trazem à tona questões junto das comunidades, abordando os principais temas. Sobre obras, além do deplorável estado da SC-401, Tissot considera que os acessos à Lagoa da Conceição precisam de medidas urgentes.
— O trânsito está complicado e não se vê forma de solucionar, a menos que se agrida ao meio ambiente. São questões assim que propomos discutir. Ao mesmo tempo, o Caminho do Rei tornou-se alternativa no Norte da Ilha. Quando, na verdade, o problema está na SC-401 - observa o presidente da ONG. (Diário Catarinense, 24/11)