Corsan precisa provar que reflorestou em Santa Cruz do Sul
2005-11-25
Termina na próxima segunda-feira (28/11) o prazo para que a Companhia
Rio-grandense de Saneamento (Corsan) apresente documentos comprovando que houve
reposição das árvores cortadas na época da construção do Lago Dourado. Caso o
plantio não tenha ocorrido a estatal pode ser multada.
Essa não é a primeira vez que a Corsan é convocada a prestar contas sobre o
reflorestamento. A exigência da comprovação do plantio é do Departamento de
Florestas e Áreas Protegidas (Defap) da Secretaria Estadual do Meio Ambiente
(Sema). No começo do mês o órgão havia questionado a localização e a quantidade
das árvores replantadas. Entretanto, o departamento jurídico da empresa pediu
mais tempo para obter os documentos. Foram concedidos dez dias, que terminam
neste dia 28.
Segundo o engenheiro ambiental responsável pelo Defap em Santa Cruz, Luiz
Alberto Mendonça, a estatal deveria repor pelo menos 250 mil mudas nativas para
compensar as árvores derrubadas na implantação do lago, há cerca de cinco anos.
Ele estima que para isso os gastos chegariam perto de R$ 1 milhão. – Aguardamos
a comprovação do plantio. Se isso não tiver ocorrido há riscos de punições para
a Corsan-, afirmou.
O gerente da estatal, Paulo Stein, informou que o caso ainda está sob análise.
Entretanto, ainda não há informações se todas as mudas foram replantadas. Mesmo
antes de qualquer tipo de decisão, revelou, existe a proposta de realizar o
plantio de árvores na área em que foi construído o Autódromo Internacional de
Santa Cruz. (Gazeta do Sul, 24/11)