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2005-11-25
As emissões de gases estufa têm se mantido estáveis, mas previsão é de que subam mais de 10% até 2010. Se o Protocolo de Kyoto terminasse hoje, suas metas estariam cumpridas. Mas ainda falta muito para comemorações.

Segundo o relatório mais recente divulgado pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), entre 1990 e 2003 os países industrializados reduziram a soma de suas emissões de gases do efeito estufa em 5,9%. Ou seja, acima dos 5,2% exigidos pelo protocolo. Por trás da boa notícia, porém, permanecem muitos desafios.

O relatório aponta que o grosso das reduções ocorreu em países com economia em transição do leste e do centro europeu ainda no início da década de 90, devido ao colapso industrial que se seguiu à queda do Muro de Berlim. Nos últimos anos, as emissões têm se mantido estáveis, mas a previsão é que subam mais de 10% até 2010.

–Isso significa que a garantia de reduções mais duradouras e profundas ainda é um desafio para os países desenvolvidos–, afirma Richard Kinley, chefe do secretariado da UNFCCC. Enquanto as emissões dos países de economia em transição, como Rússia, Polônia e Romênia, caíram 39,6% no período, as dos países mais desenvolvidos, como Estados Unidos, Espanha e Japão, aumentaram 9,2%.

Os dados para países em desenvolvimento são mais limitados e, em geral, não passam de 1994. O Brasil aparece com um aumento de 11,1% de emissões entre 1990 e 1994. O documento que atualiza os dados foi lançado na semana passada, em preparação para a 11ª Conferência das Partes da Convenção do Clima e da 1ª Reunião das Partes do Protocolo de Kyoto, que começam nesta segunda-feira em Montreal, no Canadá. O encontro deverá marcar o início oficial das negociações para o segundo mandato do protocolo, que começa em 2013.

Pelo acordo em vigor, até 2012, os países desenvolvidos (do grupo chamado Anexo 1) deverão reduzir a soma de suas emissões em 5,2% abaixo dos níveis de 1990. Países em desenvolvimento, como Brasil, China e Índia, também se comprometem a combater o aquecimento global, mas sem metas compulsórias de redução - arranjo que levou os EUA a abandonar o protocolo, por considerá-lo injusto e penoso a sua economia.

Nas negociações do pós-2012, a expectativa é que os países do Anexo 1 assumam metas maiores de redução de emissões. Já os países em desenvolvimento deverão ser pressionados a aceitar compromissos mais pesados de participação. O consenso entre as partes é de que os 5,2% atuais não terão nenhum efeito significativo sobre o clima - tampouco os 5,9% -, apesar da vitória política na aprovação do protocolo.

Outro cenário desafiador surge da Agência Internacional de Energia (IEA), em Paris. De acordo com o relatório Panorama de Energia Mundial 2005, divulgado neste mês, a demanda global de energia deverá aumentar mais de 50% nos próximos 25 anos - isso se as políticas de uso energético não forem alteradas. Conseqüentemente, as emissões de dióxido de carbono (CO2) proveniente do consumo de energia deverão crescer 52%.

O problema é que para produzir energia, na maioria dos casos, é preciso queimar combustíveis fósseis, como petróleo e carvão, que lançam enormes quantidades de gases estufa na atmosfera. –As tendências projetadas têm implicações importantes e levam a um futuro que não é sustentável - tanto do ponto de vista ambiental quanto de segurança energética–, declarou o diretor-executivo interino da IEA, William Ramsay. –Precisamos mudar esses resultados e colocar o planeta no caminho da energia sustentável–. (OESP, 23/11)

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