A implantação e funcionamento efetivo da usina de biodiesel no Tocantins ocorrerá dentro de seis meses, após a liberação pelos órgãos ambientais das licenças necessárias para a instalação do empreendimento, o que deverá ocorrer no próximo ano. A informação do governador Marcelo Miranda foi dada em seu discurso, na solenidade paa assinatura do protocolo de intenções entre governo estadual e a empresa Brasil Ecodiesel, que deverá construir uma usina para processar as oleaginosas (mamona) em Porto Nacional, com recursos que chegam a R$ 28 milhões, através do Banco da Amazônia.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, presente à solenidade, disse que existem pré-projetos de dez unidades processadoras em vários estados do País. – Estamos contentes porque aqui no Tocantins já há investimento assegurado e a inclusão entre seis mil a dez mil famílias de agricultores familiares no processo-, disse.

Ainda, conforme o ministro, a estimativa atual da capacidade produtiva dessas unidades processadoras de oleaginosas para produção de biodiesel é da ordem de 450 milhões de litros por ano. – Queremos garantir que, em 2008, tenhamos 2% de biodiesel no diesel de petróleo-, disse. Ele enfatizou, ainda, que o biodiesel traz benefícios de ordem ambiental - é um combustível limpo e reduz a emissão de gases poluentes -; econômicos, porque o País deixará de importar o diesel de petróleo; e também social, pela inclusão das famílias da agricultura familiar no processo produtivo.

– As empresas que comprarem produção de agricultores familiares terão isenção do PIS e do Cofins-, disse o ministro Rosseto, ao explicar as vantagens que as empresas terão ao adquirirem os produtos da agricultura familiar - uma estratégia do Governo Federal para inclusão das famílias no processo.

Durante seu discurso, o governador Marcelo Miranda ressaltou que o Estado tem todas as condições para abrigar a cultura. – E temos o principal: a vontade política de fazer do biodiesel uma alternativa para o enfrentamento dos nossos problemas sociais e uma alternativa de desenvolvimento econômico-, frisou. (Jornal do Tocantins, 23/11)