Hong Kong vai vigiar fronteiras para barrar gripe aviária
2005-11-24
A administração de Hong Kong prepara novas medidas para conter uma possível pandemia de gripe aviária na região, que devem entrar em vigor amanhã (25/11). Uma das principais regras permite que funcionários do sistema de saúde proíbam que qualquer pessoa suspeita de ter a doença deixe a cidade.
O Escritório da Administração da Saúde, Bem-Estar e Alimentação de Hong Kong também anunciou que os agentes de saúde terão poder para deter qualquer pessoa que insistir em deixar o território chinês.
Os agentes também terão o direito de fazer exames médicos em qualquer pessoa que esteja chegando em Hong Kong.
A cidade não tem sofrido com o último episódio de disseminação da gripe aviária, iniciado em 2003, que já chegou na China, mas foi o primeiro lugar onde a doença apareceu, em 1997. À época, alguns casos humanos foram registrados, e muitas aves morreram.
Pouco tempo depois, o vírus foi controlado e só voltou a aparecer com força no final de 2003, também na Ásia – desde 16 de dezembro de 2003, 67 pessoas já morreram.
Além disso, em 2003, a Síndrome Respiratória Aguda Severa (Sars) se espalhou por Hong Kong por meio da fronteira, matando 299 pessoas.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a gripe aviária é uma doença contagiosa que atinge animais, causada por vírus que normalmente infectam apenas aves, e em casos mais raros, porcos. Esses vírus são altamente organizados, e evoluídos de modo a atingir a apenas uma espécie, mas têm, em alguns casos, cruzado a barreira das espécies e atingido humanos.
A gripe aviária é causada por vários vírus originários de uma cepa comum, identificada pela letra A, da qual surge uma variedade de subtipos que, quando se referem às aves são catalogados como H5, H7, H9. A epidemia atual é causada pelo vírus H5N1, potencialmente mortal para seres humanos. (AFP, 23/11)