Áreas de preservação de Tramandaí estão sob fiscalização
2005-11-23
Buscando estabelecer regras nas novas construções em área de preservação
permanente, o promotor Leonardo Menin, do Ministério Público de Tramandaí,
oficializou termo de compromisso de ajustamento com a prefeitura de Tramandaí.
O Executivo assumiu que não irá mais realizar novas obras nestas áreas, sem o
devido e prévio licenciamento ambiental. Também vai fiscalizar permanentemente a
ocupação irregular. Em caso de descumprimento, haverá multa no valor de R$ 30
mil para cada inadimplência. Outra obrigação é instituir, no prazo de 30 dias, e
manter, junto a sua estrutura administrativa, corpo técnico de fiscalização e
coibição de novas obras, sob pena de multa diária de R$ 1 mil.
O Ministério Público, tomando conhecimento de atividades novas nestas áreas sem
o licenciamento ambiental, notificará a prefeitura para que, no prazo de dez
dias, adote as medidas administrativas de notificação dos construtores para o
retorno da área. Caso não tenha efeito a notificação, deverá ajuizar ação se
propondo ao retorno da área no prazo de 60 dias. E, por fim, se constatada a
falta de ação da administração municipal, esta será responsabilizada.
O termo foi proposto em consideração ao município, que possui alto grau de
ocupação urbana sobre áreas de preservação permanente; pela inviabilidade social
de remoção imediata e coletiva das famílias e empreendimentos situados na região;
pela necessidade de inibição de novas ocupações irregulares e conforme a
Constituição Federal de 1988 que diz caber ao Poder Público e à coletividade o
dever de defender e preservar o meio ambiente para as presentes e futuras
gerações.
Para o prefeito Edgar Rapach (PMDB), o termo de ajustamento têm relevante
interesse ambiental, por isso assumiu pessoalmente o compromisso de cumprir o
termo de ajustamento de conduta. (Jornal NH, 22/11)