Fevereiro deve ser o mês mais quente do verão
2005-11-22
Se depender da meteorologia, quem ainda não planejou as férias já pode decidir
por fevereiro. A previsão é de que o mês será o de menor incidência de chuva e
com as maiores temperaturas no litoral gaúcho. O prognóstico é o resultado de um
estudo do Centro de Pesquisas e Previsões Meteorológicas (CPPMet) da
Universidade Federal de Pelotas (UFPel) em parceria com o 8º Distrito de
Meteorologia.
Com base em dados referentes à temperatura da superfície do mar em outubro, foi
traçada uma projeção para dezembro, para janeiro e para fevereiro.
A conclusão do boletim climático é simples: a chuva permanecerá dentro do padrão
na maior parte do Estado, embora mal distribuída, e a temperatura subirá
gradualmente, de maneira uniforme.
- A média normal de chuva não se reflete em número de dias, mas em intensidade
de chuva-, explica o meteorologista Julio Marques, do CPPMet.
Leandro Puchalski, da Central de Meteorologia, participante da pesquisa,
completa:
- Em volume de chuva, não teremos grandes problemas. O risco, que é normal para
época, é de períodos curtos com grandes precipitações intercalados por períodos
secos mais longos.-
Não há perspectiva de estiagem
O saldo da previsão divulgada pelo CPPMet e pelo 8º Distrito de Meteorologia é
de tranqüilidade no campo. Sem perspectiva de estiagem e com ocorrência de chuva
dentro da média histórica, apesar da má distribuição, renasce o otimismo nas
lavouras gaúchas.
Gilberto Diniz, chefe do CPPMet, avalia que não haverá no próximo Verão estiagem
como a do ano passado. Mas, com a disparidade da chuva, algumas localidades
podem apresentar períodos sem precipitação:
- A temperatura será mais uniforme, e em algumas regiões, vai chover mais do que
nas outras.-
De acordo com Dulphe Pinheiro Machado Neto, agrônomo da Emater, as quatro
principais culturas de Verão devem se satisfazer com os índices de precipitação.
Principalmente porque os mananciais de água estão em recuperação.
- Para o arroz a previsão é boa. O milho já se desenvolve com normalidade no
Estado. O feijão e a soja ainda estão na época do plantio e têm boas
possibilidades-, projeta.
A maior preocupação é na Fronteira Oeste. Nos três meses, a área no entorno de
Uruguaiana apresenta prognóstico de chuvas entre 20% e 50% abaixo da média
histórica. (ZH, 22/11)