Ministra do Meio Ambiente assina termo e inaugura aterro sanitário
2005-11-21
Os dois dias em que ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, esteve em
Bagé,
marcaram a inauguração do aterro sanitário local e a assinatura, com o
prefeito
de Bagé, Luiz Fernando Mainardi, e o de Hulha Negra, Marco Antônio do
Canto, de
termo de cooperação que visa à revitalização da bacia do rio Negro, que
cruza os
dois municípios e desemboca no Uruguai.
Antes da assinatura do termo, a ministra, em discurso durante o 1º
Seminário
Bioma Pampa, disse ser importante considerar as suas riquezas animal,
vegetal,
biodiversidade e sociodiversidade, uma vez que a figura do gaúcho, o
chamado
homem do campo, tem nesses aspectos sua cultura, tradição e
sobrevivência. Com o
objetivo de estudá-lo, ela comentou já ter criado em seu ministério um
grupo
técnico. – Assim como fazemos no Cerrado, na Caatinga, na Mata
Atlântica, por
exemplo.-
Esse grupo, junto com municípios, estado, ONGs, setores ambientalistas
e
sociedade civil terão um longo trabalho pela frente para construção de
diferentes
políticas de preservação e desenvolvimento desse espaço.
Revitalização da Bacia do rio Negro
Depois de falarem sobre a importância do Bioma Pampa, tema do
seminário, e da
Bacia do rio Negro, Mainardi, do Canto e Marina assinaram termo de
cooperação
que visa, com total apoio do governo Federal, à revitalização da Bacia
do rio
Negro.
Para Mainardi, mais do que um ato político, o acordo se constitui na
defesa da
vida. Segundo ele, havia um problema ambiental a ser solucionado à
época em que
se iniciaram os movimentos de despoluição do arroio: as cinzas da usina
do
município de Candiota, questão que agora está resolvida com a colocação
de
filtros.
Na sexta-feira à tarde (18/11), a ministra esteve em Montevidéu, no
Uruguai,
onde discutiu a proposta de revitalização do rio Negro com autoridades
do
Mercosul.
Aterro sanitário é inaugurado
Por volta do meio-dia, o prefeito, a ministra e demais autoridades que
a
acompanhavam dirigiram-se ao aterro sanitário da cidade. Em parceria
com o
governo federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente, inauguraram a
obra,
que contou com verba de R$ 500 mil da Fundação Nacional do Meio
Ambiente
(Funama), órgão vinculado ao MMA.
Eleito em concurso nacional como o quinto melhor do país, em 2002, o
projeto do
aterro foi elaborado por uma equipe técnica da prefeitura no início do
primeiro
mandato do prefeito Mainardi. Tendo à frente a hoje diretora do
Departamento de
Água e Esgotos de Bagé (Daeb), Estefanía Damboriarena, à época
secretária de
Planejamento, levou quatro anos para ser concluído. (Diário Popular,
18/11)