EPA vai propor novos padrões para calcular economia de combustível
2005-11-21
A Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos irá propor, até o final deste ano, novos padrões para o cálculo de taxas de economia de combustíveis em carros e caminhões, embora ainda não tenha definido quais padrões deverão mudar. As novas regras serão a primeira revisão nos últimos 20 anos. A meta é que os padrões estejam operando para veículos fabricados a partir de 2008, os quais estarão à venda a partir de 2007, segundo funcionários da agência.
Os atuais padrões estão baseados no desempenho de veículos nas chamadas freeway. De acordo com o novo programa, a EPA também considerará fatores utilizados para a medição de emissões poluentes. Eles incluirão itens sobre, por exemplo, como o carro se comporta em termos de emissões em altas velocidades, definidas a partir de 80 milhas por hora; durante uma direção agressiva, na qual o veículo é acelerado a mais de 3,3 milhas por hora em um segundo; durante o uso de aparelho de ar condicionado; e durante épocas de baixa temperatura. Tudo isto afeta a economia de combustível.
A meta dos novos padrões é possibilitar que a taxa de milhagem reflita o desempenho do veículo no mundo real, mais do que quando é testado sob os critérios da EPA atualmente. Mas Steven L. Johnson, administrador da agência, não disse se a EPA iria além dos cálculos referentes ao desempenho do veículo em vias urbanas (dentro das cidades) ou se extrapolaria para níveis estaduais. –Estou aberto a uma gama de opções–, disse ele, em sua primeira visita aos laboratórios de testes da EPA, na última sexta-feira (18/11).
Os novos cálculos podem significar que um veículo teria diferentes taxas de economia de combustível se seu modelo fosse de 2007 ou de 2008. Isto traria problemas para veículos que fossem menos eficientes me gasto de combustível sob os novos padrões e, contrariamente, traria vantagens aos mais eficientes.
Assim que os padrões propostos forem publicados, a agência planeha realizar audiências públicas e receber comentários de empresas de automóveis, de grupos de consumidores e outros. Este processo irá se estabelecer a partir do ano que vem. (NY Times, 20/11)