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2005-11-18
A morte do ambientalista Francisco Anselmo de Barros, que ateou fogo ao corpo, no último domingo, 13, fortaleceu movimento contrário ao projeto do Governo de Mato Grosso do Sul de instalação de usinas de álcool na bacia do Alto Pantanal. O ato extremo do ambientalista foi durante um protesto no centro de Campo Grande, que reuniu ambientalistas e artistas da campanha Não a usinas de álcool no Pantanal.

Segundo a agência Informes do PT, em nota assinada pela ministra Marina Silva, o Ministério do Meio Ambiente lamentou a morte do ambientalista. O Ministério esclareceu, também, que é contra a implantação de agroindústrias de exploração de cana-de-açúcar e seus derivados em áreas limítrofes ao Pantanal sul-mato-grossense, proposto no Projeto de Lei do Executivo do Mato Grosso do Sul, submetido à Assembléia Legislativa do Estado. O líder do PT na Assembléia Legislativa, deputado Pedro Teruel, disse que havia uma tendência ao arquivamento do projeto e, agora, isso se tornou inevitável.

Na nota, o Ministério diz que há diversos testes científicos confirmando que o cultivo da cana-de-açúcar provoca erosão e degradação do solo e pode comprometer os recursos hídricos com o despejo de produtos químicos como pesticidas e vinhoto. Além disso, o Ministério lembra que existe uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), de 1985, determinando aos órgãos estaduais do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul a suspensão de licenças para implantação de novas destilarias de álcool nas bacias hidrográficas do Pantanal mato-grossense, até o Conselho se posicionar sobre o assunto.

O Ministério diz ainda que reafirmará essa posição nas instâncias jurídicas e administrativas pertinentes, uma vez que a definição constitucional do Pantanal como Patrimônio Nacional impõe à União atuar na defesa de sua preservação. (Adital- Agência Info Frei Tito p/ América Latina, 17/11)

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