Feira rende mais de R$ 250 mil em negócios para o Amazonas
2005-11-18
A feira internacional Mercado Floresta, realizada na última semana em São Paulo, abriu novas oportunidades definitivas de negócios para os pequenos produtores do interior do Amazonas. Os três dias de exposição dos produtos sustentáveis do Amazonas renderam mais de R$ 250 mil, recursos que vão direto para o interior do Estado.
O Governo do Estado do Amazonas, por meio da Agência de Florestas e Negócios Sustentáveis (Afloram), financiou a participação de 10 representantes de associações de pequenos produtores do interior do Estado no evento Mercado Floresta, para estreitar os negócios do Amazonas com os grandes centros comerciais.
— Eventos assim, que têm como objetivo abrir novos meios de negócios, estão fazendo uma grande diferença para os produtores do interior do Amazonas que vêm conseguindo negociar parte de suas produções com mercados mais justos. É com essa finalidade que o Governo do Amazonas, por meio da Afloram está intensificando a qualificação dos pequenos extratores e estimulando este intercâmbio comercial-, avaliou Fernando Guimarães, chefe do Departamento de eventos e feiras da Afloram.
Dentre os negócios firmados, estão a venda de 35 m3 de madeira comunitária certificada FSC de Boa Vista do Ramos, gerando um lucro de R$ 31.500,00; um lote de 8 toneladas de castanha manejada do município de Boca do Acre, no valor de R$ 100 mil; um volume de 5 toneladas de óleo de andiroba (toda a produção da comunidade Colônia do Sardinha do município de Lábrea) ao preço de R$ 80 mil e ainda 1 tonelada de mel e artesanatos variados. No total, os negócios firmados no evento geraram mais de R$ 250 mil diretamente para as pequenas associações do interior do Estado e superaram as expectativas do Governo do Amazonas.
— Duzentos e trinta mil reais ainda é pouco, considerando o potencial do Estado, mas, certamente é significativo para os pequenos produtores do interior que historicamente viveram em situação de exclusão e isolamento-, avaliou João Tezza, João Tezza, Diretor de Comercialização e Negócios Sustentáveis da Afloram.
Desde que foi criada, em 2003, a Agência vem trabalhando como braço de apoio das cadeias produtivas do interior dentro do Programa Zona Franca Verde, atuando desde a organização social até o processo de capacitação. Com o surgimento dos resultados, a Afloram está partindo em busca de mercados e intermediando a venda dos produtos sustentáveis, completando assim sua presença em toda a cadeia produtiva florestal do Amazonas.
— Estes resultados econômicos positivos comprovam a tese de que a floresta gera mais lucro em pé e que as populações tradicionais têm o maior interesse em produzir de forma sustentável para melhorar a qualidade de vida de suas comunidades-, explicou Malvino Salvador, diretor-presidente da entidade.
Além das vendas concretizadas e dos recursos gerados, o Mercado Floresta serviu como vitrine para as associações mostrarem o estágio de qualificação da produção do Amazonas e ainda gerou possíveis negócios já para as próximas safras. (Agência de Florestas e Negócios Sustentáveis do Amazonas, 17/11)