Japão poderá cortar CO2 mesmo sem ter mais plantas nucleares
emissões de co2
2005-11-17
As emissões de dióxido de carbono (CO2) no Japão poderão ser cortadas em 70%, até 2050, mesmo sem o acréscimo de plantas nucleares, desde que o país incremente a eficiência energética e aumente a geração de energia gerada por fontes naturais, segundo um estudo realizado por entidades ambientais do governo.
O governo tem por objetivo construir mais plantas nucleares para poder cortar as emissões de dióxido de carbono, mas as alternativas –são valiosas apenas para as futuras gerações–, afirma o pesquisadore Junichi Fujino, do Instituto Nacional de Estudos Ambientais. Conforme uma pesquisa realizada pelo Instituto, com o apoio do Ministério do Meio Ambiente do Japão, o país pode cortar as emissões de dióxido de carbono pelo aumento do uso de células de coimbustível, energia eólica e outros tipos de energias naturais renováveis.
A Grã-Bretanha e a Alemanha já iniciaram os seus planos para o corte de cerca de 60% das emissões de CO2 até 2050, numa corrida internacional que começou neste ano para a redução dos gases de efeito estuda, dentro do escopo do Protocolo de Kyoto, que expira em 2012. A pesquisa mostra que a colocação de painéis de energia solar em telhados e a colocação de geradores eólicos em parques e em outros locais poderia gherar 120 milhões de quilowatts, o equivalente à eletricidade gerada por dezenas de reatores nucleares.
Além disto, o Japão deveria produzir hidrogênio para uso em automóveis, atrav´pes de células de combustível. O país também deveria reduzir o consumo de energia melhorando as estruturas das cidades e o sistema de trânsito, afirma o Instituto. Com uma combinação de todas essas medidas, o Japão poderia reduzir suas emissões de CO2 para menos de 400 milhões de toneladas por ano, ou 30% do que economiza hoje, afirma a pesquisa. (Japan Times, 15/11)