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eucalipto no pampa
2005-11-14
Foi um sucesso a EcoFesta, evento promovido pelas ongs ambientalistas durante a tarde de sábado (12/11) na 51° Feira do Livro de Porto Alegre. O encontro reuniu uma centena de pessoas para ouvir os Diálogos pelo Planeta no Pavilhão dos Ilustradores, no Cais do Porto, à beira do Lago Guaíba.

Da primeira rodada participaram a presidente da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), Edi Xavier Fonseca, o músico e ator Hique Gomez, Tiago Genehr, presidente do Movimento Roessler de Novo Hamburgo e o jornalista Elmar Bones da Costa, da JÁ Editores, que mediou o debate.

Bones analisou a atuação da mídia, especialmente da grande imprensa, no trato com as questões ambientais. Ainda lembrou das lutas e conquistas do passado, destacando a importância do papel do movimento ambientalista gaúcho ao longo dos anos.

Edi, da Agapan, ressaltou a luta dos pioneiros da ecologia no Estado, alguns deles presentes no evento, como Magda Renner, Hilda Zimmerman, Caio Lustosa e Augusto Carneiro.

Para o ator de Tangos e Tragédias, Hique Gomez, os recentes desastres naturais que atingiram diversas partes do mundo são resultados diretos da ação predadora e irresponsável do homem. Gómez se disse um sujeito bastante preocupado e pessimista com os rumos que as coisas estão acontecendo no planeta.

O pessimismo foi também a tônica do discurso do ambientalista Tiago, que criticou a postura das pessoas ao não darem importância devida às causas ambientais.

Unidos contra o eucalipto no Pampa
As causas defendidas pelas ongs foram bastante discutidas na EcoFesta. O caso da hidrelétrica de Barra Grande e a liberação dos transgênicos foram lembrados como derrotas difíceis de aceitar. Nas duas batalhas os ambientalistas foram pegos de surpresa, num momento de fato consumado. Pelas posições e opiniões presentes no encontro, é visível a disposição dos ecologistas em unirem-se em uma batalha contra os projetos de plantação de eucalipto projetados para o Rio Grande do Sul, especialmente na região do Pampa.

Até chegarem ao Cais do Porto, as ongs atravessaram todo o espaço da Feira do Livro em uma passeata que, entre vários gritos de guerra e manifestações, se destacou a rima: Ucho, Ucho, o Pampa é gaúcho!

O tom de protesto alcançou ouvidos de centenas de pessoas, entre adultos e crianças da área infantil. A passeata conseguiu mobilizar grande número de simpatizantes que aderiram aos gritos de guerra, porém num ambiente bastante festivo e alegre.

O encontro foi organizado pela ONG Pelo Planeta com apoio da Fundação Gaia, Núcleo Amigos da Terra, Agapan, Coolméia, Comando Ambiental da Brigada Militar, Greenpeace, Movimento Roessler, Centro de Estdos Budistas, Núcleo de Ecojornalistas do RS, Movimento Vive Porto Alegre, Escola Waldorf, União Pela Vida, Sociedade Amigos da Amazônia Brasileira e pela Agência de Notícias Ambientais – Ambiente JÁ, através da JÁ Editores.

Comunicação e educação em foco na segunda rodada de Diálogos
A mídia foi um dos alvos da crítica dos debatedores. O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Cláudio Langone, entende que, em vez de cumprir um papel formador de opinião, a imprensa apenas reproduz notícias de uma forma vazia e sensacionalista. Como exemplo, citou o tsunami que arrasou uma parte da Ásia no final do ano passado. – Alguém por acaso falava em aquecimento antes do tsunami? A mídia faz alarde com desastres naturais, mas nunca esclarece os fatores que levaram ao fenômeno-, afirmou. Outro ponto levantado por Langone foi o deslocamento de todas as notícias relacionadas ao meio ambiente para as editorias de economia. De acordo com ele, essas questões são mais complexas e envolvem não apenas a economia, mas a sociedade em todos os seus âmbitos.

Moesch, da mesma forma, assegurou a importância da informação no pensar global e agir local . Como meio de alcançar isso, lembrou dos jornais de bairro e das rádios comunitárias. – Esse tipo de imprensa atinge as pessoas menos privilegiadas, muitas vezes, e têm uma força incrível para entrar em uma comunidade-, ressaltou.

Além da mídia, as próprias organizações não-governamentais e órgãos ligados ao meio ambiente tiveram a atenção chamada para erros que cometem. – Algumas dessas organizações e entidades acham, muitas vezes, que devem ter poder de decisão pois só eles tem uma visão holística dos fatos. Isso não é verdade. A discussão deve envolver todos os segmentos da sociedade, e não deve ficar restrita a quem já tem uma consciência ecológica-, alertou.

Ao mesmo tempo em que o representante do Ministério do Meio Ambiente comemorava que a pasta participava de todas as decisões nacionais importantes atualmente, Moesch lamentou que, embora a secretaria tenha alcançado inúmeras vitórias, ela ainda não ganhou o valor merecido. – Perdemos para várias secretarias, e é por isso que devemos estar ancorados na população. Somente com esse apoio conseguiremos resultados melhores.-

Souza assegurou, por sua vez, que a Brigada Militar pretende colocar a polícia a serviço do órgão, e que o próximo passo é capacitar mais pessoas para atuarem na fiscalização de irregularidades ambientais.

Conscientização
Os órgãos públicos apostam na educação e na informação para superar os problemas ambientais. O secretário municipal do Meio Ambiente, Beto Moesch, afirmou que o ensino é a solução ideal, pois se as crianças forem conscientizadas desde cedo, jogar lixo no chão será um problema do passado. – Fica até difícil discutir e pensar em modos de reciclagem quando muita gente ainda joga lixo no chão-, reiterou. O responsável pela Patram (Patrulha Ambiental) da Brigada Militar, coronel Juarez Fernandez de Souza, também acredita que a educação deve vir de casa, com os pais mostrando a importância de preservar o meio ambiente. (Por Carlos Matsubara e Patrícia Benvenuti)

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