O governador de Entre Ríos, na Argentina, Jorge Busti, disse, neste final de semana, que o presidente uruguaio, Tabaré Vázquez, mudou de posição com relação à instalação de indústrias de papel na área que fica entre o Uruguai e a Argentina. Segundo Busti, Vázquez , –mudou seu discurso–sobre a instalação de empresas em seu país ao recordar que, durante a campanha eleitoral, o mandatário haveria privilegiado a defesa do meio ambiente.

–Tabaré Vázquez mudou seu discurso. Temos gravações de sua campanha (eleitoral), nas quais opinava outra coisa sobre o meio meio ambiente ou a madeira–, criticou o mandatário provincial.

Busti, porém, anunciou que se comunicará com o governador de Corrientes, Ricardo Colombi, para –explicar-lhe o sentido de nossa luta e que estas plantas de celulose são uma má experiência onde se instalaram–. Colombi ofreceu sua província para instalar as plantas, diante da polêmica suscitada entre Uruguai e Entre Ríos. Além disto, Busti mostrou satisfação pelo congelamento dos créditos solicitados por parte das empresas que pretendem instalar as papeleiras. –Creio que a demanda que colocamos diante do ombudsman do Banco Mundial deu resultados–, disse.

–A entidade – explicou o governador, –realizará uma auditoria e investigará por que se outorgou um crédito de 400 milhões de dólares para estes emprendimentos– sumamente questionados. Ele também esclareceu que está trabalhando –em coordenação com o governo nacional– para frear a instalação das polêmicas papeleiras em frente ao Rio Uruguai. –Não é necessário fazer pasta de celulose, a não ser que o façam em um lugar que não prejudiquem a Argentina, não em um sistema fronteiriço como o do Rio Uruguai, que nos causa prejuízos–, concluiu. (Clarín, 13/11)