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2005-11-14
Antes mesmo do 3º Pólo Petroquími-co ser instalado em Triunfo, a discussão que girava em torno de eventuais prejuízos ao meio ambiente era instigante. Os impactos que um empreendimento do nível do complexo traria, como produtos perigosos, criaram debates liderados por grupos de ambientalistas contra a instalação do Pólo. O resultado disso pode ser visto hoje. O complexo conta com uma série de procedimentos no intuito de poluir o menos possível. Tudo dentro de um programa de primeiro mundo.

A discussão foi gerada a partir da instalação da indústria de celulose norueguesa Borregaard em Porto Alegre. Segundo o assessor de gestão de Pessoas, Segurança e Meio Ambiente da Copesul, Sepé Tiarajú Fernandes dos Santos, a indústria causava danos ao meio ambiente. – Foi uma série de impactos que marcaram a comunidade daquela época-, destaca. Assim, os grupos ambientalistas, como os liderados por José Lutzenberger, forçaram discussões. – O fruto dos debates fez com que o Pólo nascesse diferente-, expõe Sepé. Foi estudado o local, a condição do vento, o clima, entre outros fatores.

Hoje, o Pólo Petroquímico se apóia em uma série de leis que ajudam na preservação do meio ambiente. No entanto, a lei faz com que as empresas tenham que gerar receita para cobrir gastos relacionados aos cuidados com a natureza. —Essa lei é só pra nós. Qualquer indústria e qualquer pólo coloca no rio. Só nós é que não podemos. É benéfico para meio ambiente, só que é custoso para nós-, destaca Sepé. O número é tão grande (ver tabelas) que o complexo trabalha diariamente no intuito de diminuir o que é produzido.

O encontro entre a petroquímica e a natureza
Em meio a tanta tecnologia, processos industriais e gente trabalhando, é incrível encontrar um parque ambiental tão bem preservado como o do 3º Pólo Petroquímico. O Parque Copesul de Proteção Ambiental reúne diversas espécies em um espaço de 68 hectares de muito verde. O local é o único monitorado cientificamente no Brasil, entre os mantidos junto a áreas industriais. A Copesul investiu cerca de 1 milhão de dólares na implantação e destina, anualmente, outros R$ 350.000,00 para a manutenção e o monitoramento ambiental, incluindo o convênio com a empresa que monitora o Parque.

Inspirado em um dos ambientes do Everglades National Park, da Flórida (Estados Unidos), o Parque é aberto ao público desde 1994. Placas indicativas instaladas ao longo de 1.200 metros de trilhas na mata nativa, feita de pedras e com diversas lixeiras pelo caminho, também possibilitam visitas autoguiadas. O Parque abriga um grande número de espécies animais, algumas ameaçadas de extinção, como o jacaré-de-papo-amarelo. Não raro, é possível encontrar capivaras pelo ambiente.

O local ainda conta com o Museu de Ciências, localizado na Casa Rosa, prédio sede do Parque. Lá, o visitante encontra peças taxidermizadas da fauna local, apresentadas em ambientes que reproduzem seu habitat. A Casa Rosa também dispõe de salas para exibição de vídeos e para a realização de atividades de educação ambiental com os visitantes em idade escolar. O Parque oferece instalações apropriadas para a locomoção de deficientes físicos, espaços para a realização de lanches e atividades de recreação e sanitários. (Jornal Ibiá, 10/11)

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