A despoluição do Iraque, marcado por 20 anos de conflitos e negligência ambiental, vai implicar US$ 40 milhões (33,9 milhões de euros), estimaram ontem (10/11) representantes iraquianos e peritos da ONU, em Genebra. No Iraque existem milhares de sítios contaminados por resíduos tóxicos ou radioativos que ameaçam a saúde pública, lembraram especialistas do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUMA) durante a apresentação do primeiro relatório denominado Avaliação Ambiental de Ecossistemas no Iraque.

Os cinco sítios considerados prioritários pelo PNUMA – com poluição de origem industrial ou militar – situam-se perto de Bagdá. São apenas –a parte visível do iceberg–.

Segundo a ministra iraquiana do Meio Ambiente, Narmin Othman, muitos dos locais já contaminaram o solo e os lençóis freáticos perto de populações que os exploram, ignorando os riscos. –A guerra, os conflitos e a instabilidade deixaram cicatrizes no povo e no Ambiente do Iraque–, disse Klaus Toepfer, director-executivo do Pnua. (PNUMA, 10/11)