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2005-11-10
No primeiro e mais importante debate sobre a transposição do rio São Francisco depois que o Palácio do Planalto decidiu adiar a obra para rediscutir o projeto, ontem à noite na sede da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), o ministro Ciro Gomes (Integração Nacional) desqualificou parte das críticas ao projeto, discutiu com promotores, ironizou o bispo de Barra, Luiz Flávio Cappio, e atacou governadores do PFL e do PSDB.

No debate, de cerca de duas horas, Ciro também ouviu críticas ao governo Lula e, ao dizer que permanece uma brutal desinformação sobre o projeto, criticou o ponto de vista defendido pela conferência acerca do projeto.

Sem citar a CNBB, disse que aqueles que defendem a revitalização antes da transposição só fazem isso porque não estão preocupados com o rio ou desconhecem o que tem sido feito em termos de revitalização.

A reunião de ontem, solicitada pelo ministro, era considerada decisiva para o Planalto, que pretende convencer a CNBB e separadamente o bispo de Barra (BA) até o final do ano. O objetivo do governo é começar as obras já no início de 2006, ano eleitoral. Ontem pela manhã, em reunião no Planalto, Lula pediu que o ministro Luiz Dulci (Secretaria Geral) acompanhasse Ciro no encontro.

Em outubro, o Planalto teve de adiar o início das obras para que Luiz Cappio encerrasse uma greve de fome contra o projeto. O bispo de Barra interrompeu um jejum de dez dias depois que o governo se comprometeu esgotar os debates antes de iniciar as obras.

Desculpando-se por ser bocudo e às vezes mal-educado, Ciro Gomes ficou de pé em toda sua fala inicial, de 35 minutos. Ele falou a cerca de 30 bispos do conselho permanente da entidade, além de convidados, como integrantes do Ministério Público da Bahia, que atacaram a ilegalidade do projeto. Ao ouvir as críticas dos promotores, o ministro passou a rebatê-las, o que obrigou o secretário-geral da CNBB, dom Odilo Scherer a intervir na discussão.

O ministro ironizou dom Luiz Cappio, ao dizer que vetou projetos de irrigação na região de Barra: — Perdoem-me pela ironia. Pequei -, disse.

— Ouvimos coisas intoleráveis, como a de que o projeto é para beneficiar empreiteiras. Antes do debate, já havia alfinetado o bispo: — Ele está diante de uma versão falsa do projeto.

Durante a discussão, o ministro ouviu críticas em relação à gestão petista e também fez autocríticas em relação à atual administração. Disse que o governo deve ouvir com humildade as críticas, disse que não está muito feliz com as coisas que estão aí (numa referência à crise) e que se equivoca quem pensa que este é um governo de anjos. Criticou as atitudes contra o projeto do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) e dos governadores Paulo Souto (PFL-BA), João Alves (PFL-SE) e Aécio Neves (PSDB-MG).

Sobre a transposição, fez um comentário final num tom de tudo ou nada. — Se esse projeto for esvaziado, toda essa conquista vai para o brejo. Não faltam rios ferrados no Brasil. Nordestino brigando com nordestino sobre isso é um equívoco histórico que vai ficar marcado na história -, disse.

Ao final do debate, o presidente da CNBB, dom Geraldo Majella, disse que o debate faz parte de um processo e que pessoas contrárias à transposição também serão ouvidas pela conferência.

— É um projeto muito complexo e por certo que numa reunião apenas que não se vão esclarecer todos as dificuldades que possam ser apresentadas. Nós temos pessoas a favor e pessoas contrárias. (Folha de S.Paulo, 09/11)

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