Programa Piloto para Florestas Tropicais participa da feira na OCA
2005-11-09
Iniciativas de produção sustentável apoiadas na Amazônia pelo Programa Piloto para
Proteção das Florestas Tropicais do Brasil estão expondo seus produtos no Mercado
Floresta, que se encerra hoje, em São Paulo. As iniciativas são diretamente financiadas
pelo Projeto de Apoio ao Manejo Comunitário (Promanejo), Projeto de Manejo dos
Recursos Naturais da Várzea (Provárzea) e Projetos Demonstrativos dos Povos Indígenas
(PDPI). Óleos de essências florestais, peças de marchetaria, móveis de madeira em
formato de animais da floresta, bolsas de couro vegetal, artesanatos indígenas e carne
de pirarucu são amostras da diversidade dos produtos que os projetos do Programa
Piloto levaram ao Mercado.
As iniciativas apoiadas pelo PDPI são: Artesanato tradicional das mulheres indígenas
do Alto Rio Negro (AM), Artesanato das Mulheres Indígenas Aikanã, Latundê e Kwazá e
Tecelagem tradicional das mulheres indígenas Kaxinawá, ambas do Acre; e Produção de
mel no Parque Indígena do Xingu (MT).
Pelo Promanejo participam a Produção de Couro Ecológico e as Oficinas Caboclas,
executados na Floresta Nacional do Tapajós (Santarém/PA).
Pelo Provárzea participam Produção de Peças de Marchetaria (Gurupa/PA), Manejo
comunitário participativo dos recursos pesqueiros do setor Maiana (Fonte Boa/AM) e
produção de óleos vegetais (Silves-AM).
Em parceria com o Banco Mundial, o Programa Piloto alugou um estande onde expõe
publicações, banners, folders e outros produtos de divulgação institucional, atraindo
um bom número de visitantes.
Feira tem serviço gratuito de apoio à exportação
Analista de comércio exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior do Brasil, Lina Chang veio ao Mercado Floresta especialmente para oferecer
consultoria a experiências comunitárias e empresas que trabalham com produtos
florestais para as melhores formas de conquistar acesso ao mercado internacional.
O estande da Secretaria de Comércio Exterior, no primeiro corredor à entrada da feira,
traz materiais impressos e digitais sobre legislação, orientações de negócio,
logística, acordos comerciais e listagem de produtos e países que representem
oportunidades comerciais no mercado externo. – Mas é importante conversar diretamente
com o produtor, explicar o passo à passo da exportação, quem são as entidades que
podem apoiá-lo, como fazer a prospecção de compradores até a promoção das exportações-,
descreve Lina.
Segundo ela, o desafio para adentrar em mercados como o europeu e o japonês não está
só na qualidade do produto, mas sim na preocupação com a tecnologia, a forma de
comunicar, por exemplo, os benefícios científicos de um fitoterápico, e a imagem do
negócio, traduzida na comunicação e até nas embalagens. – A bala de cupuaçu é um
exemplo de produto com qualidade para exportação, mas cujas informações para o
consumidor internacional tem que ser mais trabalhadas-, diz a consultora. (Mercado Floresta, 08/11)