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2005-11-09
A demanda por produtos florestais com certificação hoje é maior que a oferta disponível. Uma mesa-redonda ocorrida na feira Mercado Floresta, que ocorre até 8 de novembro, na Oca do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, identificou que a procura dos consumidores por itens desse tipo tem crescido, mas esbarra na demora das empresas em obter certificados e nas dificuldades que têm os produtores de médio porte, sobretudo madeireiros, em aceitar as regras da certificação,

— O trabalho pela certificação exige uma grande mudança operacional, mas uma maior ainda de mentalidade - resume Roberto Smeraldi, diretor da organização não-governamental Amigos da Terra, que moderou a mesa-redonda sobre o assunto.

A falta de oferta suficiente de produtos certificados se explica pelo tempo que o processo toma, segundo Smeraldi.

— Quando o produtor decide que vai buscar a certificação ele apenas começa um processo que pode demorar anos - explica.

Os benefícios da certificação ambiental atingem ambos os lados. A empresa que compra tem a garantia da origem do produto, melhora sua imagem diante de seus clientes e toma parte de uma prática de responsabilidade social. Quem produz, por sua vez, se beneficia com um aumento de produtividade, uma imagem melhor e também com uma agregação de valor a suas mercadorias. Para isso, no entanto, é preciso muito trabalho e longos meses de dedicação.

— Uma empresa que já esteja bem estruturada demora, no mínimo, um ano entre o começo do processo e a obtenção do certificado. A maioria dos produtores brasileiros, no entanto, não está tão bem organizada, tem uma cultura de informalidade muito forte e precisa aprender a trabalhar de uma maneira completamente diferente. Nesses casos, pode demorar de dois a três anos – diz Smeraldi.

Para se adequar às exigências da certificação, os produtores precisam mudar sua estrutura. Muitas vezes, é necessário comprar novos equipamentos e treinar todos os funcionários. Ao fim do processo, a empresa passa por uma auditoria — feita em etapas e, por isso, demorada.

Para diminuir essa diferença entre demanda e oferta, de acordo com Smeraldi, é preciso incentivar as empresas produtoras a começarem o processo de certificação o mais rapidamente possível. No caso dos pequenos produtores e dos muito grandes é relativamente fácil. O desafio é o médio produtor.

— Em pequenas comunidades, cooperativas, é simples, porque eles não têm uma mentalidade empresarial voltada ao lucro imediato. Nas grandes, multinacionais por exemplo, também, porque elas entendem os benefícios a longo prazo. Mas, quando são os médio produtores, é preciso uma verdadeira reeducação - afirma o diretor.

— O madeireiro de médio porte, em sua maioria, não é capitalizado. Eles usam a própria safra como capital de giro. Além disso, eles têm uma cultura nômade, exploram uma área até o fim e depois mudam. Para ter certificação, é preciso se fixar em uma reserva, com ciclos de produção de 30, 40 anos. É preciso se comprometer a ficar em uma só área por 30 anos - explica Smeraldi.

O assunto da defasagem entre oferta e demanda por produtos ambientais foi discutido no domingo, segundo dia da Mercado Floresta. O evento, que começou no sábado, tem por objetivo apresentar produtores de artigos florestais, madeireiros e não-madeireiros, a possíveis compradores, especialmente de empresas paulistas e estrangeiras.

Entre os destaques da feira está a gastronomia. Alguns dos chefs mais consagrados do país estão no evento criando pratos com frutos típicos dos biomas brasileiros. Além de apresentar suas criações, eles também ensinam alunos de cursos de gastronomia, para divulgar o uso de produtos nativos na culinária. Além das frutas, há outras novidades, como óleos comestíveis típicos da Amazônia e vários tipos diferentes de mel, produzidos por abelhas indígenas, com um sabor diferente do tradicional e também preços mais altos. (PNUD Brasil, 07/11)

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