Produtores e estações de serviço denunciam falta de combustível na Argentina
2005-11-09
Produtores agropecuários e donos de estações de serviço na Argentina estão denunciando irregularidades na entrega de gasoil – fração refinada de petróleo, mais pesada que a querosene, usada como diesel. Algumas refinarias reconhecem o problema, mas argumentam que se deve à paralisação dos petroleiros, ocorrida há algumas semanas.
O governo descarta que haja problemas com o abastecimento de combustível. –Não me entregaram gasoil, perguntei a outros colegas, e também eles estavam com problemas– denunciou um dono de posto de Buenos Aires, que tem a bandeira da Esso e que preferiu permanecer anônimo.
–É certo, há restrições à entrega de gasoil–, reconheceu Tomás Hess, diretor da Esso. Segundo ele, isto se deve à paralisação promovida pela associação dos petroleiros de Caleta Olivia, em outubro último, –à qual seguiu-se uma série de dias com um clima muito ruim, com o que, durante 20 dias, não recebemos petróleo cru na refinaria de Campana. Agora estamos trabalhando plenamente, mas ainda não temos estoque suficiente–, afirma.
A Repsol YPF despacha 57,3% de todo o gasoil vendido no país. –Não temos nenhum problema de abastecimento–, disse Fabián Falco, da companhia hispano-argentina. A empresa, há dois anos, tinha 46,6% do mercado, fazendo com que a Esso, a Shell e a Petrobras perdessem participação.
(Clarín, 9/11)