Erin O Neal tem duas filhas e um estoque de comida orgânica na geladeira, com queijo, leite, frutas e vegetais comprados em Annapolis, Maryland, onde ela mora. Ela está entre o crescente número de pais que compra alimentos orgânicos para manter a dieta de seus filhos livre de pesticidas, hormônios e antibióticos, produtos da engenharia genética.

–A questão dos pesticidas simplesmente me apavora. Me faz mal pensar na quantidade de substâncias químicas que vai para as crianças–, afirma O Neal, de 36 anos. Desde o ano passado, as vendas de produtos orgânicos para crianças aumentaram em torno de 18% nos Estados Unidos, dobrando o crescimento total das vendas de alimentos orgânicos, segundo a empresa de consultoria ACNielsen.

Enquanto a demanda aumenta, as empresas do ramo têm se tornado cada vez mais atentas aos consumidores. A Earths Best, de alimentos orgânicos para bebês, mantém uma posição de liderança no mercado de aveia, chegando a uma distribuição nacional que bate a da Toys R Us e a da Babies R Us. Gerber. A preocupação com as crianças deve-se ao fato de elas serem mais vulneráveis às toxinas em suas dietas, diz Alan Greene, pediatra do norte da Califórnia. Segundo ele, como as crianças crescem muito rapidamente, elas precisam consumir mais alimentos para formar seus órgãos e tecidos. –Grama a grama, elas absorvem altas concentrações de pesticidas, mais do que os adultos–, afirma. (CNN, 9/11)