Diretor do Banco Mundial explica os investimentos florestais
2005-11-08
O coordenador da Unidade de Florestas Tropicais do Banco Mundial, Gregor Wolf,
apresentou em sua palestra no Mercado Floresta a política institucional do Grupo Banco
Mundial em favor das Florestas. De um modo didático, para os não iniciados na discussão
do controle de investimentos para a área ambiental, ele destacou as principais
diretrizes da instituição internacional nesse sentido.
Wolf explicou que a política do Grupo se empenha na obtenção dos Objetivos do
Milênio , juntamente com o esforço global de se construir um ambiente de
desenvolvimento sustentável, com a viabilização de investimentos que gerem emprego e
renda e também garantam às populações, sobretudo de baixa renda, o empoderamento
material para que possam buscar seu crescimento sustentável.
Os caminhos traçados para se chegar a esses objetivos se iniciam na valorização do
potencial das florestas para a redução da pobreza. Hoje, mais de 1 milhão de pessoas
dependem da exploração de recursos florestais, que podem ser uma fonte de superação da
condição de pobreza dessas populações desfavorecidas.
Além do reconhecimento do potencial da exploração natural, Wolf aponta que o Banco
Mundial visa à integração com o setor de desenvolvimento econômico. – Há 20 países no
mundo com potencial econômico para aumentar o comércio de produtos florestais-, observa
o coordenador, afirmando que esse aumento do comércio pode levar a uma mudança
considerável para a população que inicia essa cadeia produtiva.
Usando instrumentos econômicos (empréstimos, seja pelo Banco Mundial para os governos,
seja pelo IFC para o setor privado), o Grupo Banco Mundial pretende, segundo o
coordenador, promover modelos de gestão comunitária para as florestas, por meio do
apoio a investimentos que tenham firmado seu compromisso com a responsabilidade social
e ambiental, tanto para a produção quanto para o consumo. O que se pretende, com essa
orientação, é criar uma cadeia produtiva sustentável em todos os níveis.
Toda essa teoria, na prática
Wolf apresentou uma série de projetos em andamento de acordo com esses princípios,
como o FLEG, que trabalha na linha da Fiscalização e Governança, e como o Programa
Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG7, um projeto brasileiro,
com apoio do G7 e dos Países Baixos), para o qual o Grupo já dispendeu um montante de
US$ 420 milhões. (Amazonia.org.br, 06/11)