Produtores apresentam produtos sustentáveis em eventos no Rio e São Paulo
2005-11-08
A Associação dos Produtores Alternativos (APA) levará seu produtos ecologicamente
corretos e que contribuem para o desenvolvimento sustentável para três importantes
eventos que acontecem no mês de novembro. O Mercado Floresta, dos dias 5 a 8 de
novembro, na Oca do Parque do Ibirapuera, São Paulo, a BioFach América Latina, dos
dias 16 a 18, no pavilhão 5 do RioCentro, Rio de Janeiro, e a ExpoSustentat, que
acontecerá paralelamente a BioFach, no mesmo local.
O Mercado Floresta, iniciativa da Amigos da Terra e outras instituições, é uma grande
feira de produtos sustentáveis oriundos dos ecossistemas florestais brasileiros. A APA
levará para São Paulo uma amostra de seu trabalho desenvolvido na região amazônica,
que contará com amostras de palmito-de-pupunha, doces, geléias, licores, farinha de
babaçu, propólis etc. Na Biofach, de cunho mais político, a APA terá um estande onde
um representante da instituição atenderá ao público, realizando uma ponte entre
produtores e mercado consumidor. A meta das discussões é ampliar o comércio justo no
Brasil e discutir critérios de certificação dos produtos sustentáveis, o que é feito
pelo Instituto Biodinâmico com apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
A Biofach terá a participação de membros da Articulação do Comércio Justo Nacional,
uma iniciativa de ONGs interessadas em promover o comércio sustentável no Brasil. A
Articulação foi dividida regionalmente e a APA é a representante da Amazônia
Meridional, que engloba os estados de Mato Grosso, Rondônia, Acre e Amazônia. Um
primeiro seminário da Articulação ocorreu em novembro do ano passado, e o segundo será
agora nos dias 13 e 14 de novembro, como prévia da Biofach.
Paralelemanete a Biofach, ocorrerá a ExpoSustentat, onde a APA apresentará seus
produtos ecologicamente corretos. Cerca de 33 propriedades atendidas pela APA estão em
processo final de obtenção de certificação.
Produção em sistemas agroflorestais A APA atua em 15 municípios de Rondônia, como Ouro
Preto do Oeste, Ji-Paraná, Urupá, Vale do Paraíso, Mirante da Serra, Teixerópolis e
Nova União, localidades que foram bastante desmatadas devido a colonização nos anos 80.
Cerca de 250 famílias são atendidas envolvento mais de 600 pessoas.
Com o objetivo de aumentar a renda da população local por meio da intensificação de um
comércio sustentável, que preserve a biodiversidade local, a APA atua na região desde
1993. Em 1996, iniciou-se a produção de palmito-de-pupunha, e em 2001, com o
financiamento do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), a APA inaugurou a
agroindústria da produção desse alimento. Hoje em dia, a produção de palmito-da-pupunha
abastece o mercado nacional e internacional, principalmente a França.
A agrondústria do palmito-da-pupunha é uma alternativa de exploração sustentável aos
palmitos do tipo jussara e açaí, que estão esgotados e sofrem com a extração ilegal.
De cor e forma um pouco diferente dos palmitos que os brasileiros estão acostumados a
ver em suas mesas, eventos como o Mercado Floresta e a ExpoSustentat são boas
ferramentas para que os consumidores conheçam o palmito-de-pupunha. (Funbio, 03/11)