Relatório da Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina, Fatma, reconhece que cerca de 300 famílias atingidas pela barragem da usina hidrelétrica de Campos Novos, localizada no rio Canoas, não estão sendo reconhecidas pelas empresas responsáveis pela obra.

Na última terça-feira (01/11), as famílias reocuparam a barragem. Houve confronto com a polícia que deixou 19 trabalhadores feridos. Os atingidos permanecem mobilizados em um acampamento a 200 metros da barragem e aguardam por ação do Ministério Público.

O dirigente nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), André Sartore, denuncia que o consórcio da obra Enercam – que inclui Votorantim e o Bradesco – atua sem a Licença de Operação (LO) que é emitida também pelo Fatma.

– A barragem está excluindo 300 famílias que sobrevivem na região, não resolveu os problemas ambientais que a Legislação exige. A barragem está fechada e não tem a Licença de Operação que é uma licença que eles devem ter para fechar a barragem e eles fecharam por conta-.

Hoje (08/11), o Ministério Público, o Fatma e o MAB se reúnem para definir a situação da obra e das famílias atingidas. (Ecoagência, 05/11)