Em sua apresentação no terceiro dia do Mercado Floresta – evento que termina hoje (8/11), na Oca do Ibirapuera, em São Paulo -, a ministra interina do Comércio Exterior da Holanda, Maria van der Hoeven, declarou que o processo de destruição das florestas só será interrompido com a comercialização de produtos de valor agregado.

— Temos orgulho em contribuir com um evento como esse, é um prazer ver tantos produtores dando mais um passo para adentrar no mercado global. O fomento às atividades florestais de pequena escala precisam fazer parte das políticas de desenvolvimento-, defendeu van der Hoeven.

Segundo a ministra, o mercado de produção sustentável precisa crescer e a Europa está cada vez mais crítica sobre a forma com que os produtos foram manufaturados. – Não é fácil exportar para o mercado europeu já que há uma gama de restrições comerciais, o importante, porém, é ver que a região amazônica pode desenvolver esse acesso-. A Holanda é hoje um dos principais compradores de produtos brasileiros, que exportou US$ 5,0 bilhões para o parceiro comercial em 2004.

– Acredito que o Mercado Floresta deixa rastros para que empresas venham comprar no país e outras até se instalarem aqui-, finalizou a ministra. A aposta holandesa no potencial florestal foi reconhecida pelo diretor da Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, Roberto Smeraldi, como pioneira por acreditar em projetos pilotos que acabam por compor uma rede de organizações com o mesmo foco de atuação. – Há anos a Holanda apóia o que era visto como sonho, a floresta que era considerada de soslaio hoje apresenta mais de 70 produtos diferentes com potencial diferenciado de investimento-, declarou.

A comitiva de mais de 40 empresários que acompanha a ministra vem composta por investidores de diferentes perfis. Desde o grupo de compradores da Royal Friesland Foods, multinacional da área de alimentação holandesa, até representantes de pequenas empresas. É o caso de Rudo Verstappen, da Rudocent Marketing Company – Pesquisas de Mercado Industrial, que veio ao evento garimpar produtos que podem servir de brindes de fim de ano a grandes empresas, assim como saber mais sobre o desenvolvimento do campo florestal no Brasil. (Mercado Floresta, 07/11)