Carrefour testa sistema anti-emissões de gases em posto de combustível
2005-11-07
Um sistema de filtragem dos gases emitidos por postos de combustíveis garante a retenção
de 40% da gasolina que normalmente vai para a atmosfera. O equipamento, obrigatório na Cidade do México e no estado norte-americano da Califórnia, está em vias de
se tornar legalmente exigido na Inglaterra. Em São Paulo, uma unidade foi instalada em caráter experimental em
um posto da rede varejista Carrefour.
A empresa aplicou R$ 70 mil na instalação do primeiro equipamento desse tipo no Brasil.
O investimento, segundo estimativas, corresponde a cerca de 15% do custo total de
implantação de um posto de abastecimento.
De acordo com o diretor de combustíveis do Carrefour, Paulo Silveira, a aquisição do
equipamento faz parte do programa de ações sociais que a companhia realiza no país. Ele
explicou que os postos de gasolina costumam liberar cerca de 0,3% da gasolina que
adquirem da distribuidora. A retenção de cerca de 40% desse volume significa a redução
da emissão de 300 litros de gasolina, no caso de um posto que tenha venda mensal de
240 mil litros do combustível. A recuperação da gasolina, ainda, no mesmo exemplo, em
um aumento da receita de R$ 720/mês, e num retorno de investimento em aproximadamente
oito anos.
Segundo Silveira, o equipamento permanecerá em testes por cerca de seis meses, mas a
intenção do Carrefour é instalar o equipamento dos demais postos da rede. O sistema,
denominado Varposaver, foi produzido pela norte-americana OPW, que se denomina líder
mundial no fornecimento de equipamentos para postos de serviço. O diretor da empresa
no Brasil, Laércio Lopes, explicou que o equipamento funciona como um filtro que suga
o vapor gerado no tanque do posto, separando o hidrocarboneto do ar, expelido
posteriormente pelo chamado respiro 99% mais limpo.
A instalação e operção do aparelho estão sendo acompanhadas pelo grupo de ações
preventivas da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), ligada à
Secretaria do Meio Ambiente do governo de São Paulo. E há expectativa de que um projeto
de lei semelhante ao que existe em outros países possa ser estudado em São Paulo.
(GM, 07/11)