Colaboração de montenegrinos na coleta seletiva ainda é tímida
2005-11-07
A empresa Dai Prá Conservação e Limpeza Urbana Ltda. está, desde o mês de fevereiro, realizando a coleta seletiva do lixo em Montenegro. Em horários alternativos, os caminhões circulam pelos bairros recolhendo o lixo inorgânico, ou seja, o lixo seco. O objetivo é facilitar o trabalho dos catadores e, principalmente, contribuir para a preservação do meio ambiente.
Segundo o sócio-gerente da empresa, Aurélio Massagi Dai Prá, Montenegro tem se mostrado preocupado com a separação do lixo, porém, ainda falta informação. – Muitas pessoas ainda não sabem o que é lixo seco e orgânico. São necessárias mais campanhas de conscientização.- Aurélio destaca que, em alguns bairros, como o Progresso, São João e Rui Barbosa, cerca de 80% da população local separa o lixo. Contudo, nas demais comunidades, no máximo 20% dos moradores colaboram com a proposta.
O empresário revela que cerca de 24 toneladas de lixo são recolhidas diariamente no
município. – É um volume elevado, mas está dentro da média-, relata, enfatizando que muitas pessoas ligam para a empresa reclamando quando o caminhão passa no local antes ou depois do horário. – Atendemos a outras 11 cidades. Aqui, a população é bem mais participativa.- Entretanto, Aurélio afirma que ainda fala muito para chegar a um índice
ideal.
Diretoria de Meio Ambiente lançará nova campanha em breve
Para o diretor municipal de Meio Ambiente, André Venâncio Alves, falta aos
montenegrinos o costume da separação do lixo. – A cada semestre ou trimestre, um novo
programa de coleta seletiva deve ser lançado, para que a comunidade adquira o hábito
de separa o lixo-, afirma Venâncio, informando que, até dezembro, o órgão deve lançar
mais um trabalho sobre o assunto. – Sempre é necessária uma injeção de ânimo.-
A coleta seletiva iniciou em 2002. – Desde então, tivemos diversos programas, mas eles foram perdendo a credibilidade devido às trocas de empresas que recolhem o lixo. – Isso acarreta troca de horários e os moradores acabam ficando perdidos e desinteressados.- Mas, de acordo com o diretor, não há mais reclamações sobre o serviço de coleta e a participação vem aumentando. – Os catadores já estão notando a diferença.-
Venâncio afirma que os benefícios da separação do lixo são muitos. – Em primeiro lugar, o meio ambiente fica protegido. A cada quilo de papel reciclado, poupamos o corte de dez árvores-, exemplifica. Quanto mais separamos, menos produzimos e menos o município gasta para mandar esse lixo embora. – Se essa redução for significativa, pode até resultar em menores impostos ao contribuinte.- (Jornal Ibiá, 04/11)