Destruição de florestas acaba com a economia em Malawi
2005-11-01
As áreas verdes de Malawi estão sendo deterioradas pelo corte ilegal de florestas, por pessoas que vivem da venda de madeira para servir como lenha. Árvores com mais de 35 pés de altura sequer conseguem chegar à maturidade e são cortadas para o comércio. Antes com uma floresta cerrada, Malawi tem hoje apenas 20% de sua área coberta por árvores, e o ritmo da desflorestação está bem mais elevado do que em outros locais do planeta.
Os exploradores levam cerca de cinco minutos para derrubar as árvores e outros cinco para retirar os galhos, reduzindo-as a uns cinco ou seis pedaços que são carregados rodovia abaixo. A devastação ilegal das florestas já tem mais de 15 anos no país. Graças a ela, Malawi perde cerca de 200 milhas quadradas de suas florestas todo ano, numa taxa de destruição de 2,8% que, segundo a Comunidade do Desenvolvimento do Sul da África, é uma das mais altas da região do sub-Saara.
–O problema é que não temos nada mais para fazer–, afirma um cortador de árvores de 33 anos, reclamando que a região não oferece oportunidades de emprego ou outro tipo de subsistência para as famílias. Em Malawi, dois terços dos 12 milhões de habitantes têm uma renda de menos de um dólar por dia, conforme um relatório de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas. (NY Times, 31/10)