Chuva chega e alivia seca na Amazônia
2005-10-31
As conseqüências das chuvas nas cabeceiras dos rios da Amazônia, que começaram no
início de outubro, estão aparecendo. O nível do Rio Negro parou de descer desde a
manhã de ontem e o do Rio Solimões está subindo em média 20 centímetros por dia
desde 22 de outubro. A informação é do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), que
mantém réguas de cimento para medição dos rios em 302 pontos na Amazônia Ocidental.
Não se pode prever que o ritmo do aumento do nível das águas continue o mesmo,
esclarece o supervisor de Hidrologia do CPRM, Daniel Oliveira.
Mas, segundo as previsões do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), a estimativa
é que no fim de novembro os lagos e rios já estejam novamente cheios. No Porto de
Manaus, de acordo com Oliveira, há dois dias o rio Negro está com 14,75 metros,
mostra a régua instalada no local desde 1902. Desde setembro, a redução diária vinha
sendo de dois a oito centímetros. – Se parar por aí, será a sétima maior seca dos
últimos 103 anos, pela medição da régua do rio Negro, a mais antiga do Amazonas-,
contou.
A maior seca dos últimos 103 anos foi em 1963, quando a régua marcou 13,64 metros e
a segunda maior em 1945. (Página Rural, 27/10)