Os ambientalistas estão preocupados com os impactos da expansão das monoculturas de árvores no RS. Segundo a engenheira agrônoma da ONG Núcleo Amigos da Terra/Brasil, Carla Villanova, há perspectivas de que a plantação de eucaliptos e pinus salte de 400 mil hectares para um milhão de hectares em 2013. A Amigos da Terra acredita que o plantio de grandes áreas de eucaliptos e pinus, em benefício de fábricas de celulose que pretendem se instalar no Estado, provocará impactos sobre a fauna, flora, recursos hídricos e na própria cultura. Conforme Carla, as áreas mais preocupantes são os Pampas, na Metade Sul, e os Campos de Cima da Serra.

O assessor da presidência da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Túlio Carvalho, garantiu que o órgão vem estabelecendo rígidos critérios para permitir o licenciamento ambiental. – É exigida a recuperação das áreas de preservação permanente e implantação da reserva legal-, explicou. O professor da Universidade Federal de Santa Maria, Solon Longhi, também defende a monocultura. – Desde que com os devidos cuidados-, frisou. Para Longhi, o lucro dos produtores compensará possíveis impactos. (CP, 31/10)