Programa Adote uma montanha busca apoio de empresários
2005-10-31
Por Adriana Fernandes*
Prestes a completar três anos de atividades em prol à proteção ambiental, o programa Adote uma Montanha, da Confederação Brasileira de Montanhismo e Escalada (CBME), já contabiliza 41 áreas de serras e montanhas, entre os estados das regiões Sul e Sudeste, que recebem o apoio de voluntários para sua preservação.
Nesses locais, aproximadamente 30 grupos e clubes de montanhismo realizam o trabalho de limpeza das trilhas, contenção de focos de erosão, campanhas de conscientização dos visitantes em épocas de maior fluxo, organização de um sistema mínimo de sinalização para evitar impactos nas trilhas e mobilização da população local para a importância de participar dessas ações.
Mas, apesar do grande esforço dos montanhistas, que além de doarem seu tempo ainda viabilizam alguns recursos do próprio bolso, a ajuda voluntária ainda é insuficiente para a concretização do maior objetivo do programa: atingir muito mais locais de montanhas para preservação. Para chegar a essa meta, há a necessidade de maiores recursos financeiros para implementação das ações dos grupos participantes.
Consciente de que a adesão da iniciativa privada poderá colaborar fundamentalmente para o crescimento das ações e iniciativas do programa, o Adote uma Montanha vem procurando chamar a atenção de empresários para a importância de se tornarem contribuintes do programa e patrocinarem a preservação das montanhas para as futuras gerações.
— Essa ajuda nos permitirá manter um orçamento mensal para apoiar diretamente os grupos e clubes em suas principais necessidades, como fabricação de placas, compra de madeira para contenções, compra de ferramentas, impressão de material educativo, entre outras-, afirma Sandro Nunes, coordenador do programa.
Lançado em 2002, o programa agrega a cada ano novas escolas de escalada, grupos e clubes de montanhistas para a realização de atividades no decorrer do ano em montanhas e serras. No entanto, para alavancar o número de ambientes atingidos pelo programa, é fundamental a participação de empresários do segmento de esportes outdoor.
— Queremos multiplicar o número de montanhas atingidas pelo nosso programa, que hoje é de 41 áreas, e melhorar o apoio oferecido aos grupos participantes. Para isso, é preciso que as organizações privadas saibam a importância de seu envolvimento para o programa-, conclui Sandro.
* Adriana Fernandes é jornalista e trabalha para os montanhistas do Brasil.