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2005-10-28
Por Patrícia Benvenuti
Mobilização e informação. Para o ambientalista holandês Winfridus Overbeek, esses são os pilares em que deve se sustentar a discussão sobre os impactos do plantio de florestas no Brasil. O ativista participou do painel Árvores, Celulose & Papel: um projeto sem fronteiras , no I Seminário Os impactos da expansão das áreas com monoculturas de árvores no RS , realizado ontem (27/10), em Porto Alegre.

Representante da Rede Alerta Contra o Deserto Verde, o painelista, mais conhecido como Winnie, explica que a rede tem o objetivo de frear o crescimento da monocultura de eucalipto no Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e até mesmo no Rio Grande do Sul. No estado, ela penetrou através da cidade de Bagé, em 1999.

O ambientalista deixa claro que a Rede não se trata de uma ONG, pois não há hierarquia e estruturas próprias de uma. É exatamente o que o nome sugere: um meio de congregar pesquisadores, estudantes, representantes de Organizações Não-governamentais (ONGs), entidades e cidadãos que desejam um espaço para apresentar seus pontos de vista. Para isso, realizam-se seminários, congressos e audiências públicas.

De acordo com o ambientalista, a mídia tem grande papel nas questões relacionadas à biodiversidade, pois a ela cabe informar sobre os fatos e suas implicações. A rede conta com um boletim informativo, mas a maior parte da divulgação fica por conta dos contatos articulados. Os cidadãos também têm seu papel. – A sociedade deve mobilizar localmente, pois muitos prefeitos são contra as monoculturas-, afirma.

Por falar em lideranças políticas, Winnie lamenta a corrupção que se apoderou das relações entre governos locais e empresariado. – Alguns prefeitos são contra, mas a empresa começa a oferecer um almoço, um convite para um evento, e eles mudam de idéia. Tudo é uma troca de favores-, conclui.

Outra estrangeira a dar seu parecer no painel foi a ativista uruguaia Ana Filippini, do WRM Movimento Mundial pelas Florestas. A rede tem uma proposta semelhante à Rede Alerta Contra o Deserto Verde – combate às monoculturas –, mas a diferença é que essa possui um caráter internacional.

– Esse seminário é importante porque apresenta uma contraposição a toda propaganda recente-, afirma Ana. Segundo a ambientalista, é necessário que haja uma grande discussão dos agentes implicados em torno do plantio dessas espécies no Rio Grande do Sul. Para isso, porém, a sociedade precisa estar informada. – Somente depois de conhecer os processos alguém pode manifestar-se ou propor outras soluções-, acredita.

Ana aprova a iniciativa de o evento ter convidado pessoas de outros lugares para relatar as experiências. – É importante todos saberem o que aconteceu no Uruguai depois da implantação de monoculturas-,destaca. Em relação aos plantios, a ativista considera que o principal problema não está nos eucaliptos, nos pinus nem em qualquer espécie, e sim no modelo que opta pelo cultivo de apenas uma variedade.

Em comum, além do sotaque diferente ao que se está acostumado na capital gaúcha, Ana e Winnie concordam que a perspectiva para o futuro é negativa. Na visão dos ambientliastas, não apenas o meio ambiente será prejudicado, mas também o homem, na medida em que a fórmula que hoje é vista como salvação se mostrará ineficaz. No lugar dela, haverá ainda mais adversidades econômicas, sociais (conflitos de terra) e, principalmente, desemprego.

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