Segundo Greenpeace, apenas 11% da água dos rios espanhóis tem boa qualidade
2005-10-28
Um relatório elaborado pelo grupo ecológico Greenpeace concluiu que apenas 11% das águas dos rios espanhóis e 16% aqüíferos têm uma qualidade aceitável, segundo os parâmetros da Diretiva Quadro da Água. A situação é causada pela falta de tratamento das águas, derrames e super-exploração.
O Greenpeace reuniu todos os dados oficiais sobre as águas continentais espanholas – rios, aqüíferos, lagos, zonas úmidas, estuários, etc. Para analisar sua qualidade, foram avaliados parâmetros como a contaminação, estado ecológico das águas superficiais e o estado químico das subterrâneas.
–Estes dados inaceitáveis resultam do fato da preocupação pela qualidade das águas em Espanha ser esquecida–, considera Juan López de Uralde, diretor do Greenpeace na Espanha. –Fala-se muito de quantidade de água disponível, mas não da sua qualidade–, destacou. –Não há políticas de controle da demanda, nem é prioritária a luta contra a contaminação–, denunciou, lançando críticas à administração espanhola.
Para melhorar o panorama, o Greenpeace pede que se acabe com os derrames industriais e que se melhore o tratamento das águas residuais. Além disso, a organização lembra a importância do controle dos efluentes agrícolas e das atividades pecuárias, bem como o controle da demanda por água. A ONG defende também a conservação dos solos e florestas e a renúncia à construção de transposições e barragens. (Ecosfera, 27/10)