Autoridades informaram nesta quarta-feira (26/10) que o número de mortos na Flórida devido à passagem de Wilma subiu de cinco para dez e pediram aos sobreviventes do furacão que tenham paciência enquanto aguardam a chegada de comida, água e outros mantimentos.

O governador do Estado, Jeb Bush, assumiu a responsabilidade pelos atrasos nos centros de distribuição de mantimentos às vítimas, mas disse também que as pessoas que esperam horas nas longas filas deveriam ter se preparado mais para o furacão.

–As pessoas tiveram tempo suficiente para se preparar. Não é tão difícil obter água e alimentos suficientes para 72 horas–, afirmou Jeb Bush. O governador deu as declarações em uma coletiva de imprensa ao lado do secretário de Segurança Doméstica, Michael Chertoff, que coordena a Agência Federal de Gerenciamento de Emergências (Fema). O órgão foi duramente criticado devido à lentidão na resposta ao furacão Katrina. O presidente dos EUA, George W. Bush, deve visitar a Flórida nesta quinta-feira.

Antes de deixar dez vítimas na Flórida, Wilma-- a 21ª tempestade da temporada do Atlântico-- matou ao menos 12 pessoas no Haiti, quatro no México e uma na Jamaica antes de atingir a Flórida. A companhia elétrica estadual Flórida Power & Light afirmou que Wilma afetou mais de 4,3 milhões de consumidores --maior número de pessoas afetadas devido a uma catástrofe natural na história da companhia.

Nesta quarta-feira (26/10), a energia elétrica havia sido restabelecida em cerca de 20% dos consumidores. No entanto, a companhia alertou que o serviço levará semanas para ser normalizado. No México, milhares de turistas ainda lutam para conseguir um vôo de volta para casa. Nesta quarta-feira, 22 mil turistas estrangeiros permaneciam no país--contra 40 mil nesta segunda-feira. (FSP, 26/10)