Funbio destina US$ 5 milhões para projetos na Mata Atlântica
2005-10-26
O Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) aprovou três proposta de
conservação da Mata Atlântica, que serão financiadas pelo Programa Integrado de
Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade (Picus). Somadas, elas receberão
US$ 5 milhões para investimento em ações de conservação e uso sustentável da
biodiversidade, num prazo de 12 anos.
Os projetos selecionados foram: Plano Estratégico para a Conservação e Uso
Sustentável da Floresta Ombrófila Mista (Floresta com Araucária), coordenado pela
The Nature Conservancy (TNC); Plano Estratégico para a Conservação e o Uso Sustentável
da Biodiversidade da Mata Atlântica do Nordeste, apresentado inicialmente pela
Sociedade Nordestina de Ecologia e que passa para a coordenação da recém-criada
Associação para Proteção da Mata Atlântica do Nordeste; e Conservação e
sustentabilidade no continuum ecológico de Paranapiacaba, cuja instituição
proponente é a Fundação Florestal do Estado de São Paulo.
Essas organizações são representantes de um consórcio de instituições que cada uma
dessas propostas agrega. O programa para a Floresta Ombrófila Mista, apresentado pela
TNC, será desenvolvido em áreas remanescentes do ecossistema Mata de Araucárias, na
região Sul do país, em 36 municípios dos estados do Paraná e de Santa Catarina. Já a
proposta para a Mata Atlântica do Nordeste, resultado do Pacto Murici, coordenada
pela Amane, será desenvolvida no núcleo central da Mata Atlântica do Nordeste,
abrangendo 68 municípios entre Alagoas e Pernambuco, numa área total de 1.673.560
hectares. O projeto apresentado pela Fundação Florestal de São Paulo será realizado
entre a Serra de Paranapiacaba, nome regional dado à Serra do Mar no momento em que
se afasta do oceano, e o Vale do Ribeira, num total de aproximadamente 250.000 ha.
Abrange 10 municípios da região.
O Picus é uma iniciativa do Funbio que tem como objetivo ampliar o impacto das ações
de conservação e uso sustentável da biodiversidade, concentrando-as em determinadas
regiões de importância estratégica; bem como otimizar e integrar ações de diferentes
parceiros, gerando maior visibilidade e suporte financeiro para ações de apoio à
implementação da Convenção sobre a Diversidade Biológica no Brasil. Essas iniciativas
devem estar voltadas para o desenvolvimento local, integrando e articulando esforços
de conservação e de uso sustentável dos recursos naturais, de forma a gerar impactos
positivos, a longo prazo, em territórios de valor estratégico para a conservação da
biodiversidade no Brasil. (Ecoagência, 25/10)