Técnicos da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) concluíram o relatório sobre o acidente ocorrido com um caminhão que transportava 46 mil litros de combustível, em 3 de outubro, na BR-386, em Estrela. Na ocasião metade da carga vazou, poluindo o solo e o Arroio Estrela, que deságua no Rio Taquari. O relatório confirma a contaminação da área.

A análise de geólogos que vistoriaram o local do incidente apontou que o lençol freático existente na área em que o caminhão despencou foi contaminado em um raio de 50 metros quadrados e 50 centímetros de profundidade. Os técnicos da Fepam classificam a poluição como fase livre - quando a gasolina fica acima do lençol freático. Mais 2,5 hectares da propriedade atingida e um hectare da vizinha foram contaminados, mas de forma menos incisiva. Análises laboratoriais do solo e da água permitirão um panorama mais completo da situação.

As medidas de combate ao problema só vão ocorrer depois do resultado das análises em laboratório, o que deve levar 20 dias. A bióloga e técnica da Fepam Cleonice Kazmirczak afirma que são duas as possibilidades de limpeza da área. – Ou se retira todo o solo contaminado, ou remexemos na terra, a fim de que o combustível, ainda existente, evapore.- A intenção da Fepam é pela segunda hipótese. – Se retirarmos o solo poluído só vamos levar o problema para outro local-, explica Cleonice.

Contaminação Além do mal que fazem ao solo, prejudicando o cultivo, os 23 mil litros de combustível que vazaram na área são prejudiciais à saúde humana. Os vapores de gasolina inalados pelas pessoas são tóxicos, podendo provocar até câncer. A previsão é de que o solo esteja apto para o cultivo em seis meses.

Punição A empresa proprietária do caminhão responsável pelo vazamento responderá por contaminação ambiental, de água subterrânea e superficial. A Fepam já definiu o valor da multa, mas prefere não divulgar até que a empresa seja comunicada. (O Informativo, 25/10)