Aterro garante qualidade no tratamento do lixo em Gravataí
2005-10-25
Há cerca de nove anos, a prefeitura conseguiu dar um destino adequado para os
resíduos sólidos produzidos na cidade, transformando um lixo a céu aberto no aterro
sanitário de Santa Tecla. Uma realidade que já foi bem diferente no município: até
1997, existia um lixão com montes de resíduos com mais de 40 metros de altura,
depositados indiscriminadamente. Naquela época, era comum a presença de bombeiros
para apagar as chamas dos constantes incêndios que ocorriam no local. A falta de
gerenciamento causava, ainda, diversos malefícios ao meio ambiente e à população.
Buscando mudar essa situação, a prefeitura, na gestão de Daniel Bordignon, buscou
convênio público para gerenciamento dos resíduos sólidos, envolvendo ainda os
municípios de Porto Alegre, Cachoeirinha e Esteio. A capital do Estado garantiu a
tecnologia da implantação e gerenciamento, enquanto Cachoeirinha e Esteio, ambos com
ausência de áreas próprias para destinação dos resíduos, entraram com recursos para
garantir o depósito de lixo no local.
Manter um aterro sanitário não é tarefa fácil. Segundo dados do IBGE de 2000, somente
15% dos municípios do Brasil possuem áreas específicas para essa prática adequada. A
implantação do aterro em Gravataí observou, ainda, a recuperação do solo, antes
degradado com a deposição indevida, e o tratamento dos resíduos. Camadas de material
plástico, argila e brita foram superpostas e servem de filtro para o chorume, que,
tratado, pode voltar à natureza sem agressão ao meio ambiente. Compactado em células,
o lixo recebe cobertura diária de terra e filtros aéreos, para queima do gás
produzido. Ao ser completada cada célula, recebe cobertura de grama, que finaliza o
processo. (JC, 24/10)