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2005-10-25
O furacão Wilma atingiu a costa sudoeste da Flórida na manhã desta segunda-feira (24/10), deixando mais de 3 milhões de casas e comércios sem eletricidade e matando ao menos três pessoas. Wilma inundou várias regiões de Key West e outras áreas do Estado e deixou cerca de 3,2 milhões de casas e comércios sem energia elétrica, em Miami, Florida Keys e Fort Lauderdale--locais onde o furacão também quebrou os vidros de vários edifícios comerciais.

Após chegar ao Estado, com ventos de até 200 quilômetros por hora e na categoria 3 da escala Saffir-Simpson, representando uma grande ameaça ao passar por áreas densamente populosas, Wilma caiu para a categoria 2, informou ontem (24/10) o Centro Nacional de Furacões, com sede em Miami.

No entanto, em seguida, ganhou força novamente, voltando para a categoria 3. No final da tarde desta segunda-feira, o centro de Wilma estava 290 quilômetros ao noroeste das Bahamas e o furacão se movia para o noroeste a 59 quilômetros por hora. Os ventos máximos causados por Wilma chegavam a 195 quilômetros por hora, segundo o mais recente boletim do NHC.

Ao atravessar o Estado, Wilma espalhou destruição, derrubando árvores, semáforos e linhas elétricas. De acordo com autoridades, foi o pior furacão a atingir a região de Fort Lauderdale desde 1950. Um homem morreu em Coral Springs, subúrbio de Fort Lauderdale, ao ser atingido por uma árvore, segundo o porta-voz do Condado de Broward, Carl Fowler. Outro homem morreu no Condado de Collier quando o telhado de sua casa caiu. No Condado de Palm Beach, um terceiro homem morreu após seu veículo ser atingido por escombros carregados por Wilma.

Wilma matou ao menos seis pessoas no México e outras 13 na Jamaica e no Haiti, em sua passagem pelo Caribe na semana passada. Mais de 33 mil pessoas estão em abrigos em todo o Estado. Na região de Flórida Keys, apenas cerca de 10% dos 78 mil moradores deixaram a região. Foi a quarta ordem de retirada em Florida Keys neste ano.

Cerca de 35% da região de Key West está inundada, inclusive o aeroporto, afirmou Jay Gewin, assessor do prefeito da ilha. A única rodovia que liga a região ao continente também está inundada. O presidente americano, George W. Bush, assinou uma declaração de desastre devido à danos causados por furacão nas áreas afetadas e prometeu ação rápida e ajuda às vítimas.

–Nós temos comida, medicamentos, equipamentos de comunicação e equipes de resgate–, afirmou. –Nós agiremos em parceria com as autoridades locais e estaduais na resposta ao furacão–, disse.

O furacão deve ganhar velocidade no Atlântico e deve chegar à costa do Canadá amanhã (26/10). Estimativas iniciais apontam que Wilma causou entre US$ 2 bilhões e US$ 10 bilhões em prejuízos em todo o Estado. O Wilma é o oitavo furacão a atingir a Flórida nos últimos 14 meses. A atual temporada de furacões --que começou em 1º de junho passado e vai até o final de novembro-- está sendo classificada pelos especialistas como um período de fúria da natureza. Essa é a temporada de maior movimento já registrada nos últimos 150 anos --período em que é feito esse tipo de registro.

Durante sua passagem pelo México, o Wilma causou vários danos em Cancún e na ilha de Cozumel. A maior parte dos 20 mil turistas que estavam na região ficaram sem comida e água. Várias pessoas passaram a noite deste domingo em abrigos por causa do furacão. A capital cubana de Havana foi atingida neste domingo (23/10) por ventos que ultrapassaram os 138 quilômetros por hora, derrubando postes e quebrando janelas dos prédios mais altos. A cidade --com 2 milhões de habitantes-- ficou sem luz, depois que autoridades cortaram a eletricidade para evitar qualquer acidente. (FSP, 24/10)

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