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2005-10-25
A redução no buraco da camada de ozônio gerado anualmente sobre o Pólo Sul da Antártida começa a diminuir, sem que seu tamanho tenha alcançado os registros máximos verificados em 2000 e 2003, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM). –O deste ano é o terceiro maior buraco da história, mas seu tamanho começa a diminuir sem haver chegado ao máximo, o que quer dizer que os pactos mundiais a este respeito vão dando seus frutos–, afirma o cientista Geir Braathen, do Departamento de Investigação Atmosféria de Meio Ambiente da OMM.

A emissão para a atmosfera de determinados produtos químicos danifica progressivamente a camada de ozônio, a qual protege o planeta dos prejudiciais raios ultravioleta, capazes de causar câncer de pele ou afecções oculares, entre outras doenças. Enquanto que em 2003 o buraco chegou a medir 29 milhões de quilômetros quadrados, neste ano superou os 26,9 milhões.

As medidas adotadas por meio do Protocolo de Montreal para tratar de diminuir a concentração de substâncias danosas para a camada de ozônio, como os clorofluorocarbonos (CFC), deveriam permitir que ela se restabeleça em torno de 2050.

De qualquer forma, Braathen acredita que não se possam tirar conclusões definitivas até que se observe a evolução da camada por menos de dez anos. Esse será o período em que os gases que causaram a sua deterioração começarão a desaparecer na atmosfera, desde que seu consumo seja reduzido.

Desde a Revolução Industrial, a concentração atmosférica de dióxido de carbono aumentou cerca de 30% e a de dióxido de nitrogênio subiu 19%, enquanto que a de metano duplicu-se e a de CFC triplicou. Esses gases formam uma película que evita que parte do calor do sol deixe a atmosfera e volte ao espaço, o que eleva a temperatura da superfície do planeta. (El Mundo, 25/10)

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