Eólica de Osório em marcha lenta
2005-10-24
Por Geraldo Hasse
A obra da usina eólica de Osório (RS), com capacidade para produzir 150 MW de eletricidade, ainda não saiu da fase preparatória. Como o lugar escolhido para plantar os cataventos gigantes é um varjão encharcado, foi necessário melhorar a estradinha de acesso ao canteiro de obras, sem o que jamais chegariam lá os equipamentos mecânicos e o material necessário para construir as bases de geração de energia da maior central latino-americana de aproveitamento do vento.
Primeira empreiteira contratada pela Ventos do Sul, a Ribas Engenharia, com base operacional em Cachoeirinha e escritório em Porto Alegre, tem até o dia 3l de outubro para entregar a obra de elevação da pista de terra da estrada municipal Afonso Cardoso, que liga a RS-030 (Osório-Tramandaí) à fazenda onde será construída a primeira das 75 unidades da usina. O prazo será esticado por cerca de duas semanas para compensar os dias de chuva. A obra consiste em levantar em 40 centímetros (25 centímetros de saibro cobertos por 15 centímetros de brita) o leito do caminho de 3 900 metros.
O lugar é de difícil operação, ainda mais com chuva. Trabalham ali cerca de 30 pessoas operando tratores e caminhões. A obra de elevação da estrada exigiu a construção de canais de drenagem. A empreiteira está construindo também acessos novos (com boeiros) às propriedades situadas à margem da estrada. Todas estão sendo beneficiadas pela chegada do supervizinho. São simples moradas rurais, alguns sítios de recreio e fazendas de criação de gado ou plantação de arroz. Também situada no caminho, a Penitenciária Modulada de Osório está ganhando um acesso melhor.