Ganhadores do Blue Planet querem mais esforços para corte de CO2
2005-10-24
Dois cientistas que receberam o Prêmio Planeta Azul de 2005, na quarta-feira (19/10), pediram urgência ao governo de nações industrializadas para aumentar seus esforços no corte de dióxido de carbono, auxiliando na construção de um ambiente sustentável. Nicholas Shackleton e Gordon Hisashi Sato, vencedores do prêmio, congratularam-se em uma coletiva de imprensa, em Tóquio.
A Fundação Asahi Glass concedeu a Briton Nicholas Shackleton, professor emérito do Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Cambridge, e ao americano Gordon Hisashi Sato, diretor emérito do Centro de Ciências das Células de W. Alton Jones, nos Estados Unidos, um prêmio de 50 milhões de ienes por seu trabalho na área ambiental.
O Prêmio Planeta Azul foi criado pela fundação em 1992 para reconhecer pesquisadores que contribuem para solucionar problemas ambientais. Shackleton informou, na coletiva de imprensa, que o maior problema enfrentado pela humanidade é a mudança climática, o qual está sendo causado pelo aumento crescente de emissões de dióxido de carbono gerado pelo incremento das atividades humanas.
–Penso que iniciativas como o Protocolo de Kyoto são muito importantes para controlar as emissões de dióxido de carbono–, disse Shackleton. –Só espero qie algum dos grandes governos faça alguma coisa de forma mais ativa– para que se atinjam os objetivos de Kyoto, acrescentou. Shackleton foi reconhecido por seus estudos em paleoclimatologia, estudo sobre as condições climáticas de eras geológicas passadas, especialmente por seus esforços em identificar ciclos climáticos intergaláticos para compreender as relações entre os ciclos e o papel do dióxido de carbono. Sua pesquisa possibilitou fazer previsões climáticas mais acuradas. (The Japan Times, 21/10)