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2005-10-24
As lontras, que se pensava estarem rumando para a extinção por causa da poluição, da caça e da destruição de seus habitats, estão retornando para o coração de Londres. Nos anos 30, o Tâmisa e seus afluentes eram lares para criaturas de quatro pés de comprimento. Mas agora não há mais do que 13 lontras no sudeste da bacia.

Contudo, com uma limpeza massiva no Tâmisa e em seus afluentes, um projeto para o retorno das lontras foi lançado. Especialistas em vida selvagem esperam que os mamíferos que haviam ido embora por causa dos poluentes reestabeleçam-se em Stratford, a leste da capital, onde a área foi saneada. Primeiro, eles fixarão residência no baixo Vale do Lea, depois se estabelecerão no Tâmisa, repovoando os bancos do rio.

Com acurado sentidos de visão, faro e audição, as lontras, rápidas, têm como presas peixes, sapos e pequenos pássaros, e espera-se que povoem rapidamente águas a 20 milhas acima do rio. O plano, da Agência de Desenvolvimento de Lonfres (LDA) e da London Wildlife Trust (LWT), é retirar ainda mais os resíduos industriais, reconstruir os bancos do Rio Lea e assegurar que haja peixes suficientes para sustentar as lontras. Elas também foram encontradas nas redondezas do Lea além do Vale Waltham Abbey, em Hertfordshire e em Essex.

O Vale do Lea, onde uma vez as lontras viviam abundantemente, será o centro do parque olímpico, embora ultimamente tenha se convertido em um depósito de carros estragados, de carrinhos velhos e de outros detritos. Os bancos do rio estão cheios de sacolas de plástico e de outros resíduos de embalagens, e a água ainda é um coquetel de pesticidas. Mas as autoridades querem que aslontras se reproduzam e migrem para as margens perto de Stratford, antes de se expandirem em seu território. (The Independent, 23/10)

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