OGM não reduz fome no Brasil
2005-10-24
O plantio e a comercialização de organismos geneticamente modificados não
solucionou o problema de desigualdades sociais. A
conclusão - com base em documento emitido pela FAO em 2004 - é do gerente de
Recursos Genéticos do Ministério do Meio
Ambiente, Rubens Onofre Nodari, ontem durante o seminário Há interesse
social na transgenia em alimentos? , evento
que integra a Semana da Alimentação 2005 encerrado à tarde na AL. – A
liberação dos OGMs não resolveu o problema da fome, o
acesso a políticas públicas e os problemas de saúde não diminuíram.-
Integrante da Escola Nacional de Ciência Estatística do IBGE/RJ, Lavínia
Pessanha focou sua participação no debate do
potencial sócio-econômico da tecnologia Roundup Ready (RR) sobre a soberania
alimentar. – É a única situação concreta por
enquanto. Trata-se de uma questão de política pública. Temos de ter postura
de Estado quanto à cobrança de royalties, o
estabelecimento de critérios para indenizações por uso não autorizado e taxa
tecnológica.- Na sua avaliação, as grandes e as
multiplicadoras vêm obtendo vitórias nas cobranças extra-jurídicas, – os
produtores, nesse processo, só têm o papel de
pagar-. Lavínia recomenda um zoneamento agroclimático para soja transgênica,
fortalecimento da rotulagem e fiscalização de
indústrias. (CP, 22/10)